Filha do prefeito de NY é presa em protesto nos EUA
Chiara de Blasio, de 25 anos, já foi liberada, mas recebeu uma intimação judicial; manifestações são motivadas pela morte de George Floyd por um policial
A filha do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, foi presa durante um protesto em Manhattan, nos Estados Unidos. Chiara de Blasio, de 25 anos, foi detida depois de desobedecer ordens policiais para esvaziar uma rua, de acordo com um boletim de ocorrência obtido pelo jornal The New York Post.
Chiara, que é negra, recebeu uma intimação judicial e foi liberada. O episódio aconteceu na noite de sábado, mas só foi confirmado por Bill de Blasio na manhã desta segunda-feira, 1.
Em uma coletiva de imprensa, o prefeito disse que a versão de sua filha sobre o ocorrido foi diferente da registrada pela polícia e que ela estava apenas protestando de forma pacífica quando foi presa. “Eu amo profundamente minha filha. Eu a honro. Ela é um ser humano tão bom. Ela só quer fazer o bem para o mundo”, disse.
De Blasio disse ainda que só ficou sabendo da prisão da filha depois que um veículo de imprensa entrou em contato com seu gabinete para confirmar a informação. Segundo a emissora de televisão Fox News, Chiara não informou os policiais de que era filha do prefeito.
Bill de Blasio foi muito criticado no último final de semana por apoiar o comportamento das forças de segurança de Nova York na repressão às manifestações contra o racismo e a violência policial. O prefeito, que é branco, é casado com a escritora, editora e ativista americana Chirlane McCray.
As manifestações foram motivadas pela morte na semana passada em Minneapolis de George Floyd, um cidadão negro de 46 anos, por um policial branco. Para evitar novos distúrbios, milhares de soldados da Guarda Nacional foram mobilizados em 15 estados e em Washington D.C.
Apenas um dos policiais envolvidos na morte de Floyd foi responsabilizado. Derek Chauvin foi preso e acusado de homicídio não intencional.
Chauvin é o agente que aparece no vídeo da prisão de Floyd. A gravação mostra como ele coloca o joelho no pescoço de Floyd por vários minutos, enquanto a vítima, imobilizada de cabeça para baixo, reclama de não conseguir respirar. O policial comparecerá nesta segunda-feira, 1, pela primeira vez a um tribunal por este caso.