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FBI buscava documentos sobre armas nucleares na casa de Trump

Suspeita de documentos confidenciais explica a medida extraordinária do procurador-geral de ordenar que o FBI entrasse na casa de um ex-presidente

Por Da Redação
Atualizado em 12 ago 2022, 08h52 - Publicado em 12 ago 2022, 08h50
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  • Os agentes do FBI, agência de investigação federal dos Estados Unidos, estavam procurando documentos secretos sobre armas nucleares, entre outros materiais confidenciais, quando invadiram a casa de Donald Trump na segunda-feira 8. A informação foi reportada pelo jornal The Washington Post nesta sexta-feira, 12, citando pessoas familiarizadas com a investigação.

    O Post não especificou que tipo de documentos eram esses – ou se eles se referiam ao arsenal dos Estados Unidos ou de outro país.

    A reportagem veio horas depois que o procurador-geral, Merrick Garland, disse que autorizou pessoalmente o pedido do governo de um mandado de busca e revelou que o departamento de justiça havia pedido o mandado a um tribunal da Flórida, observando que o próprio Trump havia comunicado a invasão ao público.

    A moção do Departamento de Justiça se referia ao “claro e poderoso interesse do público em entender o que ocorreu com o conteúdo [dos documentos”. Mais tarde, Trump divulgou um comunicado dizendo que não se oporia, mas que a ação do FBI foi uma “invasão não americana, injustificada e desnecessária”.

    O anúncio de Garland seguiu uma reação furiosa dos apoiadores de Trump, que disseram que a invasão tinha motivações políticas. Na quinta-feira 11, um homem tentou invadir o escritório do FBI em Cincinnati e foi morto pela polícia depois de fugir do local.

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    O tribunal disse ao governo para apresentar seu mandado aos advogados de Trump e informar até as 15h desta sexta-feira (horário local) se Trump se opôs à liberação do mandado.

    A presença suspeita de documentos de armas nucleares em Mar-a-Lago poderia explicar por que Garland tomou a decisão sem precedentes de ordenar a entrada de agentes do FBI na casa de um ex-presidente, já que recuperá-los seria visto como uma prioridade de segurança nacional.

    Trump estava particularmente fixado no arsenal nuclear dos Estados Unidos, enquanto estava na Casa Branca e se gabava de estar a par de informações altamente secretas. Em 2017, ele disse aos líderes militares americanos que queria um arsenal comparável ao pico da Guerra Fria, requerendo um aumento de dez vezes, demanda que supostamente levou o então secretário de Estado, Rex Tillerson, a descrevê-lo como um “maldito idiota”. Trump ameaçou destruir tanto a Coreia do Norte quanto o Afeganistão com as armas.

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    + Os sete casos que podem levar Trump à cadeia

    Em seu livro sobre a presidência de Trump, “Rage“, Bob Woodward escreveu que o ex-presidente disse a ele: “Temos coisas que você nem viu ou ouviu falar. Temos coisas que [o presidente da Rússia, Vladmir] Putin e Xi [Jinping, presidente da China] nunca ouviram falar antes. Não há ninguém – o que temos é incrível.”

    Woodward disse que, mais tarde, foi informado de que os Estados Unidos realmente tinham um novo sistema de armas não especificado, e as autoridades ficaram “surpresas” que Trump havia divulgado o fato.

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    + Donald Trump é acusado de jogar documentos oficiais em vaso sanitário

    Segundo especialistas, informações sobre o design de armas nucleares “nascem confidenciais”. Entre os documentos nucleares aos quais Trump teria acesso na rotina estaria a versão secreta do “Nuclear Posture Review“, sobre as capacidades e políticas dos Estados Unidos na área. Outra possibilidade é que Trump poderia ter retido um pedaço de plástico, parecido com um cartão de crédito, com os códigos de identificação necessários para fazer lançamentos nucleares.

    No entanto, esses códigos teriam sido alterados no momento em que seu sucessor, Joe Biden, assumiu o cargo no dia 20 de janeiro de 2021.

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