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Falha no Facebook divulgou postagens privadas de 14 milhões de usuários

Empresa não sabe quantos desses 14 milhões de usuários expuseram dados que não queriam que fossem públicos ou quantos perceberam o erro antes de publicar

Por Redação
Atualizado em 7 jun 2018, 21h55 - Publicado em 7 jun 2018, 21h30
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  • Um erro na rede social Facebook fez com que 14 milhões de usuários que publicaram textos, fotos e vídeos de modo privado ou apenas para amigos compartilhassem as informações publicamente na rede social. A falha aconteceu durante cinco dias em maio. A empresa disse, por meio de nota, que irá notificar imediatamente as pessoas afetadas.

    “Recentemente identificamos um bug que automaticamente sugeria às pessoas a opção de postar publicamente quando criavam um conteúdo no Facebook. Nós já corrigimos o problema e a partir de hoje estamos notificando todas as pessoas que foram afetadas, e pedindo a elas para que revisem quaisquer postagens que tenham feito neste período”, disse o vice-presidente de Privacidade do Facebook, Erin Egan.

    Segundo ele, o “bug não afetou nenhum conteúdo que as pessoas publicaram anteriormente. “Queremos pedir desculpas pelo ocorrido.”

    As postagens foram divulgadas publicamente sem nenhum tipo de alerta aos usuários. A empresa disse que não sabe quantos desses 14 milhões de usuários expuseram dados que não queriam que fossem públicos ou quantos perceberam o erro antes de publicar algo no Facebook. Em 27 de maio, a empresa mudou as configurações das postagens afetadas para privadas — mas não avisou os usuários do ocorrido.

    Pesadelo

    A revelação da falha de privacidade torna ainda mais dramática a situação do Facebook, que vem sendo cada vez mais criticado nos últimos meses por seu papel em fenômenos como a disseminação de notícias falsas e tentativas de interferência em eleições. O auge da polêmica aconteceu em março, quando os jornais The New York Times e The Observer, de Londres, revelaram que a consultoria britânica Cambridge Analytica e o pesquisador da Universidade de Cambridge, Aleksandr Kogan, usaram de forma ilícita dados pessoais de mais de 87 milhões de usuários do Facebook.

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    Desde então, o Facebook tem sofrido forte pressão da mídia, de órgãos reguladores e governos em todo o mundo. O próprio presidente executivo da rede social, Mark Zuckerberg, teve de comparecer ao Congresso Americano e ao Parlamento Europeu para dar explicações sobre como a rede social trata os dados pessoais dos usuários. Na mais recente aparição, no Parlamento Europeu, o executivo foi fortemente criticado por responder de forma genérica a poucas perguntas feitas durante a audiência.

    Ainda não está claro se a rede social poderá ser punida por só revelar a falha de segurança agora, uma vez que a nova legislação de proteção de dados pessoais da União Europeia (GDPR, na sigla em inglês) obriga as empresas a comunicar os consumidores imediatamente. Pela lei europeia, a empresa pode estar sujeita a sanções que podem chegar a 4% da receita anual global da companhia, em caso de descumprimento das novas regras, que entraram em vigor em 25 de maio. O Facebook ainda não detalhou a localização dos usuários afetados pela brecha de segurança.

    (Com Estadão Conteúdo)

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