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‘Extremamente complicado’: Putin admite dificuldades da Rússia na guerra

O presidente russo, Vladmir Putin, afirmou, pela primeira vez, que autoridades russas enfrentam adversidades em territórios ucranianos ocupados

Por Da Redação
20 dez 2022, 09h00
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  • Nove meses após a Rússia invadir a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, finalmente admitiu, nesta terça-feira, 20, que a situação em quatro territórios ucranianos que Moscou alegou ter anexado é “extremamente complicada”, um raro comentário sobre os desafios soldados russos enfrentam no país que resiste à invasão.

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    Em uma declaração gravada para marcar um feriado para os trabalhadores de segurança da Rússia, divulgada pelo Kremlin nesta terça-feira, Putin observou as “tarefas difíceis” que os serviços de segurança enfrentam em Luhansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson.

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    A Rússia reivindicou o controle sobre as regiões depois de falsos referendos separatistas em setembro, cujos resultados foram suspeitíssimos 95% da população a favor da anexação. As votações foram amplamente rejeitados por Kiev e pelos governos ocidentais por violar o direito internacional.

    A Rússia tem lutado contra reveses nessas áreas desde o anúncio da anexação, já que as forças de Moscou não tinham o controle total dos territórios quando foram declarados como parte da Federação Russa. Apenas algumas semanas depois de anexar ilegalmente Kherson, a Ucrânia recuperou sua capital regional, de mesmo nome, liberando uma área de cerca de 10 mil km² e posicionando armas de longo alcance e alta precisão, fornecida pelo Ocidente, dentro do alcance da Crimeia.

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    Sublinhando a importância de proteger as pessoas nos territórios ocupados pela Rússia, Putin pediu aos serviços de segurança “que façam tudo ao seu alcance para garantir sua segurança e respeito por seus direitos e liberdades”. Ele também prometeu que o governo forneceria “equipamentos e armas modernas, bem como pessoal experiente”.

    No discurso de vídeo, Putin pediu aos serviços de segurança russos que mostrem “a máxima prontidão” e “concentração” para intensificar a vigilância sobre “traidores, espiões e diversionistas”. A fala reflete a tensão do Kremlin não só na Ucrânia, mas também em casa.

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    Uma guerra longa

    Enquanto isso, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, disse nesta segunda-feira que a guerra na Ucrânia não terminará tão cedo, e que não estava esperançoso com a perspectiva de paz.

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    “Não estou otimista sobre a possibilidade de negociações de paz efetivas no futuro imediato”, disse Guterres em sua coletiva de imprensa de final de ano. “Acredito que o confronto militar continuará e acho que ainda teremos que esperar um momento em que negociações sérias para a paz serão possíveis. Não as vejo no horizonte imediato.”

    A expectativa de que a chegada do inverno rigoroso abrisse espaço para a diplomacia caiu por terra, já que Moscou continua a bombardear a Ucrânia com séries de mísseis para atingir sua infraestrutura energética. Mas a fala de Putin sobre a situação “extremamente complicada” indica que, apesar de controlar uma azeitada máquina de propaganda e fake news em casa, está cada vez mais difícil fingir que está vencendo a guerra.

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