Pelo menos 42 pessoas, entre elas 12 menores de idade, morreram neste domingo em uma explosão que destruiu um prédio na província de Idlib, no noroeste da Síria, em uma área controlada pelos rebeldes perto da fronteira com a Turquia, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A ONG explicou que, além das 39 vítimas civis, três integrantes da Organização para a Libertação do Levante, organização armada composta pela antiga filial da Al-Qaeda na Síria, também morreram. Eles trabalhavam em um escritório do grupo radical.
A província é uma das últimas do país que não estão sob controle do governo Bashar al-Assad, que já anunciou que reconquistar este setor é um de seus objetivos.
Ainda não se sabe o que causou a explosão, que também fez dois prédios desabarem. A organização de voluntários Capacetes Brancos — socorristas que atuam nas zonas rebeldes — se dirigiram para a área da explosão, na localidade de Sarmada. Com a ajuda de uma escavadeira, tentam retirar os escombros, em busca de possíveis sobreviventes.
Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, o paiol ficava em um conjunto residencial de Sarmada e pertencia a um traficante de armas que trabalhava para Hayat Tahrir Al-Sham, um grupo extremista formado pelo ex-braço sírio da Al-Qaeda, que controla a maior parte da província.
A maioria dos civis mortos pertence a famílias de combatentes do grupo extremista, afirmou Abdel Rahman, acrescentando que o balanço pode se agravar, diante das “dezenas de pessoas que continuam desaparecidas”.
As equipes de emergência já conseguiram resgatar cinco sobreviventes, disse um integrante dos Capacetes Brancos. Entre os mortos, há mulheres e crianças.
(com AFP e EFE)