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Exílio de González é efeito direto da repressão e força bruta de Maduro, dizem EUA

Em comunicado, chefe da diplomacia americana destacou apoio da Casa Branca ao opositor 'para continuar a luta pela liberdade' na Venezuela

Por Paula Freitas 9 set 2024, 15h23

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira, 9, que a fuga de Edmundo González Urrutia, candidato que a oposição diz ter vencido as eleições contra o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela para a Espanha é “resultado direto das medidas antidemocráticas” empregadas pelo regime chavista. Em comunicado, Blinken também destacou o apoio dos EUA a “González Urrutia em seu chamado para continuar a luta pela liberdade e pela restauração da democracia na Venezuela.”

“Os Estados Unidos condenam veementemente a decisão de Maduro de usar repressão e intimidação a fim de se agarrar ao poder pela força bruta em vez de reconhecer sua derrota nas urnas”, disse ele. “Nas últimas seis semanas, Maduro prendeu injustamente quase 2 mil venezuelanos, usou censura e ameaças com o intuito de silenciar a oposição ao seu governo e violou as leis venezuelanas para permanecer no poder contra a vontade do povo venezuelano.”

O secretário americano também apelou ao líder venezuelano a interromper a “repressão” e libertar “imediatamente todos os que foram detidos injustamente”. Além disso, ele informou que a Casa Branca continua em diálogo com outros países para “defender as liberdades democráticas na Venezuela e garantir que Maduro e seus representantes sejam responsabilizados por suas ações”.

+ Como foi a fuga do opositor venezuelano González para a Espanha

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Asilo na Espanha

González deixou a Venezuela no último sábado, depois de pedir asilo político na Espanha. O político de 75 anos era alvo de um mandado de prisão pedido pelo Ministério Público e aceito pela Justiça da Venezuela, ambos alinhados ao regime. Segundo sua aliada, a líder da oposição, María Corina Machado, a aeronave pousou neste domingo, 8, na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri.

“Sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, citações judiciais, ordens de apreensão e até as tentativas de chantagem e do coação de que ele foi objeto demonstram que o regime não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo”, afirmou. “Ante essa brutal realidade, é necessário para a nossa causa preservar sua liberdade, sua integridade e sua vida.”

Por sua vez, a a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, afirmou que o candidato da oposição teria saído do país com o aval do governo Maduro. Ela afirmou que “após os contatos entre os dois governos e o cumprimento dos trâmites legais, a Venezuela concedeu os salvo-condutos necessários para garantir a tranquilidade e a paz política no país”.

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+ Forças de Maduro deixam arredores de embaixada da Argentina, diz imprensa local

Por que a oposição contesta o resultado?

Em 29 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pela ditadura, apontou a reeleição de Maduro com 51% dos votos, contra 44% de González, que substituiu María Corina, vencedora das primárias da oposição, após ser inabilitada pelo regime chavista. Em contraste, sondagens de boca de urna e levantamentos independentes sugeriram que o rival de Maduro teria vencido o pleito com 65% de apoio, contra apenas 31% do líder bolivariano.

Uma projeção da oposição com base em 80% dos boletins de urna que conseguiram obter mostrou resultado semelhante. O principal ponto de questionamento da oposição e da comunidade internacional é que o regime não divulgou os resultados na totalidade, por não ter publicado as atas das zonas eleitorais, que reúnem informações de cada centro de votação.

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