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Ex-procuradora-geral da Venezuela fugiu para a Colômbia

Luisa Ortega Díaz foi destituída de seu cargo pela Assembleia Nacional Constituinte de seu país

Por Da redação
Atualizado em 18 ago 2017, 23h29 - Publicado em 18 ago 2017, 23h20
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  • A ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, destituída pela Assembleia Nacional Constituinte do seu país, e seu marido, o deputado Germán Ferrer, chegaram nesta sexta-feira a Bogotá, procedentes de Aruba, segundo informou a migração da Colômbia.

    Segundo as fontes colombianas, ambos fizeram “seu correspondente trâmite migratório perante as autoridades colombianas”, sem oferecer maiores detalhes.

    Horas antes, Ortega participou por telefone da Cúpula de Procuradores da América Latina, que terminou nesta sexta na cidade mexicana de Puebla, e atribuiu a “perseguição sistemática” do governo de Nicolás Maduro a ela e ao pessoal do Ministério Público ao processo pelos subornos da Odebrecht.

    “É o maior fato de corrupção na região e isso os deixa muito preocupados e angustiados porque sabem que temos a informação e os detalhes de todas as operações e montantes e dos personagens que se enriqueceram”, afirmou a ex-procuradora-geral, que garantiu que a investigação “envolve o senhor Nicolás Maduro e seu entorno”.

    No último dia 5 de agosto, Ortega foi destituída do seu cargo pela Assembleia Constituinte que a acusou de ter cometido “atos imorais”, uma ação que para a ex-procuradora-geral é um passo a mais do governo de Maduro para o estabelecimento de uma ditadura.

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    Ortega esteve vinculada no passado ao chavismo e se distanciou de Maduro nos últimos meses após denunciar a ruptura da ordem constitucional no seu país, depois que o Tribunal Supremo de Justiça emitiu duas sentenças que tiravam competências do parlamento e limitavam a imunidade dos deputados. Além disso, a ex-funcionária criticou duramente a atuação da polícia venezuelana para conter as manifestações contra Maduro, que em quatro meses deixaram mais de 100 mortos.

    A Assembleia Constituinte também decidiu nesta quinta-feira retirar a imunidade parlamentar de Germán Ferrer por estar supostamente vinculado a uma rede de extorsão.

    (Com EFE)

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