A classe política dos Estados Unidos lamentou a morte do ex-candidato à Presidência John McCain, no sábado, e exaltou o legado do senador republicano. McCain, que sofria de um câncer no cérebro diagnosticado em julho de 2017, tinha 81 anos.
O presidente Donald Trump, de quem o político era um dos mais duros críticos dentro do Partido Republicano, escreveu uma breve mensagem de condolência no Twitter. “A minha mais profunda compaixão e respeito à família do senador John McCain. Nossos corações e nossas orações estão com vocês.”
Durante a campanha presidencial de 2016, Trump chegou a afirmar que McCain “não era um herói de guerra” por ter sido feito prisioneiro no Vietnã. “Eu gosto dos que não são capturados”, afirmou na época. No ano passado, McCain voltou a Washington em meio ao tratamento contra o câncer para votar “não” e ajudar a derrubar um dos projetos apoiados por Trump para acabar com o Obamacare.
O ex-presidente americano Barack Obama, que derrotou o republicano nas eleições de 2008, afirmou que “apesar de todas as diferenças, nós compartilhávamos a fidelidade a algo maior – os ideais pelos quais gerações de americanos e imigrantes lutaram”. “Nós víamos a este país como o lugar onde tudo é possível.”
“Víamos nossas batalhas políticas até mesmo como um privilégio, algo nobre, uma oportunidade de servir como administradores desses altos ideais em casa e promovê-los ao redor do mundo”, escreveu.
“Poucos de nós fomos testados como John foi, ou tivemos que mostrar a coragem que ele mostrou. Mas todos nós podemos aspirar a coragem de colocar o bem maior acima do nosso. E, em seus melhores momentos, John nos mostrou o que isso significa”, completou Obama.
O também ex-presidente George W. Bush divulgou um comunicado em que descreve o colega republicano como “um homem de convicções profundas e um patriota da mais alta ordem”. “Ele era um servidor público nas melhores tradições desta nação. E, para mim, um amigo de quem vou sentir muita falta”, escreveu Bush.
O democrata Jimmy Carter, que ocupou a Casa Branca entre 1977 e 1980, foi outro ex-presidente a prestar tributo a McCain. “Os americanos serão eternamente gratos por seu heroico serviço militar e sua inabalável integridade como membro do Senado dos Estados Unidos.” Bill Clinton, por sua vez, destacou que o republicano “frequentemente colocava o partidarismo de lado para fazer o que acreditava ser o melhor para o país”.
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