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Ex-presidente egípcio está ‘clinicamente morto’

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, 84, foi declarado clinicamente morto, após sofrer um AVC, anunciou a agência oficial Mena. Uma fonte médica indicou, porém, que ele estava em coma, e que os médicos tentavam reanimá-lo. “Fontes médicas disseram à Mena que seu coração parou de bater e não respondeu à desfibrilação”, informou a agência. Em […]

Por Da Redação
19 jun 2012, 21h24
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  • O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, 84, foi declarado clinicamente morto, após sofrer um AVC, anunciou a agência oficial Mena. Uma fonte médica indicou, porém, que ele estava em coma, e que os médicos tentavam reanimá-lo.

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    “Fontes médicas disseram à Mena que seu coração parou de bater e não respondeu à desfibrilação”, informou a agência. Em seguida, uma fonte médica indicou à AFP que Mubarak estava em coma: “Os médicos tentam reanimá-lo. Ele respira com a ajuda de aparelhos.”

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    O ex-presidente havia deixado pouco antes a prisão de Tora, onde cumpre pena, e seguido para o hospital militar Maadi, a poucos quilômetros de distância.

    Horas antes, a agência Mena havia informado que Mubarak tinha sofrido um AVC, após uma rápida deterioração de seu estado de saúde: “O coração do ex-presidente parou, e ele recebeu atendimento médico com o uso de um desfibrilador”.

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    Mubarak havia sido submetido a duas desfibrilações no último dia 11, após sofrer dois ataques cardíacos.

    A saúde do ex-presidente, que governou o Egito por mais de 30 anos, teria começado a piorar após a sua prisão. Fontes da segurança indicaram que ele sofria de depressão aguda e hipertensão, e apresentava dificuldades respiratórias.

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    O anúncio do agravamento do estado de saúde de Mubarak é feito no momento em que milhares de egípcios se manifestam na Praça Tahrir, no Cairo, para denunciar o “golpe de Estado constitucional” dos militares, que acaba de criar prerrogativas que permitem às Forças Armadas controlar o país seja qual for o resultado oficial das eleições presidenciais.

    Os dois protagonistas da disputa – o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, e o ex-primeiro-ministro de Mubarak Ahmed Shafiq – asseguram ter vencido a votação, cujos resultados oficiais serão conhecidos nesta quinta-feira.

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    As manifestações foram convocadas por organizações de militantes pró-democracia e pela Irmandade Muçulmana, maior força política do país e adversária histórica dos militares, que dominam o sistema desde a queda da monarquia, em 1952.

    O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), no poder desde a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011, confirmou nesta segunda-feira sua vontade de entregar o Executivo ao futuro presidente até o fim do mês, mantendo o poder Legislativo e o controle de outros setores institucionais, em nome de um “equilíbrio de poderes”.

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    Na prática, o próximo chefe de Estado não poderá implementar leis sem a aprovação dos militares, que decidiram retomar o Legislativo, após a dissolução da Assembleia do Povo, dominada pelos islâmicos.

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    O Exército se reserva também o direito de interferir na redação da futura Constituição, e manterá o controle do sistema repressor, graças ao serviço secreto e à polícia militar, autorizados a prender civis.

    É responsável, igualmente, pelas questões que lhe dizem respeito diretamente, protegendo-se de eventuais mudanças promovidas pelo futuro presidente.

    O anúncio oficial do resultado das eleições presidenciais, daqui a dois dias, divide o país e suscita temores de novas tensões.

    O candidato da Irmandade Muçulmana proclamou ontem sua vitória, com 52% dos votos. Mas os partidários de Shafiq garantem que ele lidera os resultados provisórios, e acusaram os islâmicos de tentar “roubar” a Presidência.

    Os Estados Unidos manifestaram uma “preocupação profunda” com os poderes assumidos pela junta militar egípcia. Washington espera que o CSFA transfira “todo o poder para um governo civil democraticamente eleito, como havia anunciado anteriormente”, declarou o porta-voz do Ministério da Defesa, George Little.

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    A União Europeia saudou, por sua vez, a “principal etapa” da eleição presidencial no Egito, mas pediu respeito à transição democrática, considerando que a situação institucional e legal deve ser “esclarecida o quanto antes”.

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