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Ex-mercenários russos confessam ter matado crianças e civis na Ucrânia

Antigos integrantes do Grupo Wagner, uma rede paramilitar, disseram que a ordem de seus comandantes era 'não deixar ninguém vivo'

Por Da Redação
18 abr 2023, 15h48
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  • Uma idosa fica em seu quintal após um bombardeio em Chasiv Yar, perto de Bakhmut.
    Uma idosa fica em seu quintal após um bombardeio em Chasiv Yar, perto de Bakhmut. (Dimitar DILKOFF/AFP)

    Dois homens que alegam ser ex-combatentes do Grupo Wagner, rede paramilitar da Rússia, afirmaram nesta terça-feira, 18, que são responsáveis pelas mortes de crianças e civis durante as suas operações na Ucrânia. De acordo com as Nações Unidas, mais de 8 mil cidadãos ucranianos morreram desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado.

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    Em entrevistas concedidas à Gulagu.net, uma organização de direitos humanos voltada para o combate à tortura e à corrupção, os ex-presidiários russos Azamat Uldarov e Alexey Savichev, recrutados pelo grupo mercenário, confessaram os crimes na guerra. De acordo com a instituição, ambos receberam o perdão presidencial no ano passado. 

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    “(Foi) uma decisão da administração. Eu não tinha permissão para deixar ninguém sair com vida, porque meu comando era matar qualquer coisa no meu caminho”, relata Uldarov, ao detalhar o assassinado de uma criança de cinco ou seis anos.

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    Integrado por mercenários, o Grupo Wagner é chefiado pelo oligarca Yevgeny Prigozhin, que recrutou cerca de 50 mil criminosos presos na Rússia. Ele teria, em troca, oferecido liberdade e dinheiro após seis meses de combate em território ucraniano.

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    “Quero que a Rússia e outras nações saibam a verdade. Não quero guerra e derramamento de sangue. Você vê que estou segurando um cigarro nesta mão. Segui ordens com esta mão e matei crianças”, concluiu o ex-mercenário.

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    Cidades como Soledar e Bakhmut foram palco de excursões frequentes dos paramilitares. Segundo Savichev, eles “obtiveram a ordem de executar qualquer homem com 15 anos ou mais”. Os combatentes que não seguiram as ordens teriam sido mortos por líderes da organização.

    Ao negar as acusações da dupla, Prigozhin disse que crianças nunca foram alvo do grupo. Ele ressaltou, ainda, que as mentiras devem ser combatidas com veemência.

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    “Se nada for confirmado, enviarei uma lista de 30 a 40 pessoas que estão cuspindo em mim como Osechkin (há uma lista completa deles, incluindo a escória que fugiu da Rússia) que o Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia é obrigado a me entregar para um ‘julgamento justo’, por assim dizer”, afirmou o líder.

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    Além disso, o chefe do gabinete de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, utilizou suas redes sociais para expor a necessidade da responsabilização do grupo.

    “Terroristas russos confessaram numerosos assassinatos de crianças ucranianas em Bakhmut e Soledar. A confissão não é suficiente. Deve haver uma punição. Dura e justa. E com certeza será. Quantos crimes como esses foram cometidos?”, destacou.

    No início do ano, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos definiu o Grupo Wagner como uma organização criminosa transnacional, enquanto impôs diversas sanções contra uma rede transnacional que apoia a organização.

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