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Ex-diretor da central de Fukushima morre de câncer

Masao Yoshida deixou o cargo para iniciar o tratamento em novembro de 2011. A doença não tem relação direta com a exposição à radiação da usina nuclear

Por Da Redação
9 jul 2013, 14h05

O ex-diretor da central de Fukushima, no Japão, morreu nesta terça-feira, aos 58 anos, de câncer no esôfago. Masao Yoshida dirigiu a usina nuclear na época em que um tsunami, seguido de um terremoto de 9 graus de magnitude, atingiu a central e desencadeou uma grave crise atômica, em março de 2011. Segundo a companhia Tokyo Electric Power (Tepco), Yoshida morreu em um hospital em Tóquio e sua doença não teria relação direta com a radiação.

A Tepco indicou que Yoshida teria recebido uma dose de radiação de 70 milisieverts (entenda o que é o Sievert) entre o acidente de 2011 e sua saída da central, vários meses depois. A companhia, no entanto, descarta uma ligação entre a exposição e o câncer do ex-diretor, alegando que é necessário um prazo maior antes que as radiações provoquem este tipo de doença.

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Masao Yoshida assumiu a direção de Fukushima em junho de 2010, alguns meses antes da catástrofe que colocou em perigo quatro dos seis reatores da central. A crise atômica foi a mais grave desde Chernobyl, em 1986, e obrigou a evacuação de mais de 150.000 habitantes da região. Especialistas do setor afirmam que Yoshida foi fundamental para impedir que a situação saísse totalmente do controle. Ele deixou o cargo logo após ser diagnosticado com câncer, em novembro de 2011.

Preocupação – A Tepco também informou, nesta terça-feira, que amostras de água subterrânea recolhidas na usina nuclear de Fukushima têm um nível de césio radioativo até 90 vezes maior do que as analisadas há apenas três dias. No momento, a principal preocupação no trabalho para desmantelar a central é o acúmulo de água contaminada no subsolo das instalações que abrigam os reatores nucleares. A Tepco não confirmou se essas substâncias radioativas estão vazando para o mar e anunciou que extrairá novas amostras de água marinha.

“Continuamos combatendo este problema com os meios de que dispomos. Enquanto isso, intensificamos a aplicação de medidas de prevenção, como uma maior proteção da margem do mar e acompanhamento das análises das perfurações em zonas adicionais”, explicou a operadora. Por enquanto, as causas do aumento substancial dos níveis de contaminação são desconhecidas, mas um porta-voz da companhia indicou que existe a possibilidade de o problema ser o resultado da mistura do barro, contaminado com césio após o acidente nuclear de 2011, com a água subterrânea proveniente das montanhas.

(Com agências France-Presse e EFE)

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