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Ex-advogado de Trump perde processo de difamação sobre eleições de 2020

Rudolph Giuliani acusou repetidamente funcionárias por suposta fraude em contagem de votos em Atlanta, na Georgia

Por Da Redação
30 ago 2023, 15h29

Uma juíza federal dos Estados Unidos considerou nesta quarta-feira, 30, o ex-advogado de Donald Trump, Rudolph W. Giuliani, culpado por difamar duas funcionárias eleitorais do estado americano da Georgia. Durante as eleições de 2020, que alçaram o democrata Joe Biden à Casa Branca, Giuliani acusou repetidamente duas funcionárias de fraudes na contagem dos votos em Atlanta, mas sem apresentar provas.

Com a decisão da juíza Beryl A. Howell, o aliado de Trump deverá reembolsar Ruby Freeman e Shaye Moss em quase US$ 90 mil em honorários advocatícios, enquanto um novo tribunal estabelecerá o valor referente à indenização. A dupla mãe-filha atuava na contagem das cédulas quando Giuliani, acompanhado de outros republicanos, acusou Freeman e Moss de retirarem cédulas de uma mala e acrescentá-las ilegalmente de urnas na State Farm Arena, em Atlanta.

“Em vez de simplesmente seguir as regras destinadas a promover um processo de descoberta necessário para chegar a uma decisão justa sobre o mérito das reivindicações dos demandantes, Giuliani lamentou os esforços dos demandantes para garantir sua conformidade como ‘punição por processo'”, escreveu Howell.

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Em julho, Giuliani admitiu ter mentido sobre o envolvimento de Freeman e Moss na suposta fraude eleitoral no estado da Georgia. Em um documento judicial, ele reconheceu ter feito comentários “falsos” e “acionáveis”, enquanto afirmou ter deixado de questionar “elementos factuais de responsabilidade”. No entanto, o republicano alegou não ter provocado qualquer forma de dano à reputação de ambas as mulheres e que suas falas eram protegidas pela Primeira Emenda da Constituição americana, que pauta a liberdade de expressão.

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Movido em 2021, o processo incluía, a princípio, outras pessoas, como contratados do canal de notícias pró-Trump One America News Network. As funcionárias eleitorais, contudo, teriam destinado à ação apenas contra Giuliani por terem resolvido as pendências com as outras partes sem a necessidade de levar o caso ao tribunal.

A deliberação da juíza Howell atestou que Giuliani, que também é ex-prefeito de Nova York, responderá por “difamação, imposição intencional de sofrimento emocional, conspiração civil e reivindicações de danos punitivos”. Ela afirmou, ainda, que a tentativa do trumpista em colocar-se como vítima no caso “frustrou” os “direitos processuais das duas mulheres para obter qualquer descoberta significativa”.

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