O comitê especial do Congresso dos Estados Unidos que investiga o ataque ao Capitólio anunciou nesta sexta-feira, 21, que enviou uma intimação formal ao ex-presidente, Donald Trump, para prestar depoimento. Os investigadores disseram que consideram o republicano uma figura central na tentativa de anular o resultado das eleições presidenciais de 2020.
Os promotores emitiram uma intimação para fazer com que o ex-presidente seja obrigado a depor sob juramento e a fornecer uma série de documentos até 4 de novembro. Trump deverá prestar “um ou mais dias de depoimentos” a partir de 14 de novembro.
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Embora não esteja claro se Trump cumprirá o pedido, a ação deixara claro que os investigadores desejam informações diretas do republicano, atrelando ainda mais sua figura ao ataque.
“Conforme demonstrado em nossas audiências, reunimos evidências contundentes, inclusive de dezenas de seus ex-aliados e funcionários, de que você pessoalmente orquestrou e supervisionou um esforço conjunto para derrubar a eleição presidencial de 2020 e obstruir a transição pacífica de poder”, disse o comitê em carta.
Segundo o comitê, as evidências apresentadas ao longo de suas audiências públicas demonstram que Trump “orquestrou e supervisionou pessoalmente” o plano de ataque. Segundo uma fonte anônima da emissora americana CNN, seus advogados estão procurando uma forma de responder à intimação e enfatizaram que nenhuma decisão foi tomada ainda.
Em publicação na Truth Social, rede social do ex-presidente, o republicano postou uma longa resposta criticando a decisão do comitê, mas não deixou claro se a cumpriria. Recentemente, ele também afirmou na rede que “adoraria testemunhar”, no entanto, ainda pode contestar.
A intimação exige especificamente que Trump entregue quaisquer registros de comunicações enviadas ou recebidas durante o período de 3 de novembro de 2020 a 20 de janeiro de 2021, entre ele e mais de uma dúzia de seus aliados próximos que o comitê descreve como atores-chave no plano para derrubar as eleições de 2020.
O comitê também apontou que busca um testemunho sobre suas interações com vários indivíduos, incluindo pessoas que invocaram seus direitos da Quinta Emenda – contra a autoincriminação, para permanecerem em silêncio sob interrogação – quando questionados sobre suas relações com o ex-presidente.
A última audiência pública do comitê pretende passar uma mensagem final sobre Trump para a população dos Estados Unidos antes das eleições legislativas de novembro.
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“É nossa obrigação buscar o testemunho de Donald Trump”, disse o presidente do painel, o deputado democrata Bennie Thompson.
Para a deputada republicana e vice-presidente do comitê, Liz Cheney, o testemunho de Trump é fundamental para o andamento das investigações, uma vez que vários aliados próximos invocaram seus direitos da Quinta Emenda em resposta às suas interações com Trump.