O presidente americano Donald Trump anunciou, nesta quinta-feira, a saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris. Em coletiva nos jardins da Casa Branca, o republicano disse que pretende iniciar negociações para reentrar no pacto, ou criar um acordo que seja mais “justo” para as pessoas e empresas americanos.
Durante a cúpula do G7, no sábado, o presidente americano já havia se recusado a endossar o acordo climático, afirmando que precisava de mais tempo para pensar. A decisão de Trump, que já chamou o aquecimento global de farsa, aprofunda as diferenças dos Estados Unidos com países aliados e põe em risco o cumprimento do acordo por outras potências.
Além dos Estados Unidos, apenas a Síria e Nicarágua não participam do Acordo do Clima de Paris, mas a saída americana do pacto pode fazer com que outros países altamente poluidores – como China e Rússia – revejam suas posições sobre a redução da emissão de gases.
O acordo, firmado em 2015 na capital francesa por quase 200 países, almeja limitar o aquecimento planetário e em grande parte se baseia no corte do dióxido de carbono e outras emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. Segundo o pacto, os Estados Unidos se comprometeriam a reduzir suas emissões em 26 a 28% dos níveis de 2005 até 2025.