EUA registram primeiro caso do novo coronavírus
O paciente, que vive no estado de Washington, na costa oeste americana, esteve na cidade chinesa de Wuhan, centro do surto, até o dia 15 de janeiro
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira, 21, o primeiro caso registrado da nova mutação do coronavírus em território americano. O paciente, um homem da costa oeste dos Estados Unidos, retornou no dia 15 de janeiro de uma viagem da cidade chinesa de Wuhan, onde teve início o surto. Seis pessoas já morreram na China infectadas pelo novo coronavírus.
Segundo a emissora americana CNN, o homem, que não foi identificado pelo governo americano, está em isolamento no Centro Médico Regional de Providence, no estado de Washington, onde ele é residente. Embora tenha retornado recentemente de uma viagem a Wuhan, o paciente nega ter visitado o mercado de carne crua associados ao surto do vírus, o Atacado Huanan de Frutos do Mar.
Triagens de passageiros vindo de Wuhan começarão a ser realizadas nos aeroportos internacionais Hartsfield-Jackson, de Atlanta, que foi o mais movimentado do mundo em 2018 tendo recebido mais de 107 milhões de passageiros, e O’Hare, de Chicago, o que mais recebeu tráfego aéreo em 2018 com mais de 904.000 aterrissagens e decolagens.
Os aeroportos internacionais de Los Angeles, de São Francisco e o John F. Kennedy, em Nova York, já realizam triagem desde o dia 17 de janeiro. A Organização Pan-Americana de Saúde, associada à Organização Mundial da Saúde (OMS), “não recomenda nenhuma triagem”, de acordo com relatório publicado nesta terça.
O mercado de peixes no centro de Wuhan onde acredita-se que teve início o surto está fechado desde primeiro de janeiro, mas novos casos continuam a surgir e a se espalhar pela China. As autoridades relataram que também identificaram pacientes sem histórico de contato com o mercado. Além dos casos confirmados, há 922 pessoas em observação. Estimativas apontam que podem o número de contaminados pode passar de 1.700.
A pneumonia misteriosa causa temor e traz lembranças de outra epidemia na Ásia, em 2002, quando 800 pessoas morreram e outras milhares foram contaminadas devido ao vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars). Apesar das críticas de encobertamento na última ocasião, o editorial do jornal Global Times, que é dirigido pelo governo, disse que “no início da epidemia de Sars, houve um encobertamento e demora em dar satisfações. Isso nunca mais deverá ser repetido na China”.
(Com AFP)