Pelo menos 300 pessoas foram presas perto do Capitólio dos Estados Unidos, sede do Congresso, após um protesto contra a guerra entre Israel e o Hamas na quarta-feira 18. A polícia americana afirmou que três pessoas foram acusadas de agredir um agente de segurança, e que esse número deve aumentar à medida que as detenções forem processadas.
A maioria das pessoas detidas estava dentro do Cannon House Office Building, onde protestos não são permitidos. Os protestos apelaram ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao Congresso para pressionarem por um cessar-fogo em Gaza. A manifestação em Washington, D.C. foi organizada por dois grupos judeus de esquerda, o Jewish Voice for Peace e o If Not Now, que militam contra o Estado de Israel.
A polícia fechou as ruas ao redor do complexo do Capitólio na quarta-feira, dizendo que um grande grupo de manifestantes marchava pelas vias. Uma parcela da multidão ocupou parte do edifício de escritórios Cannon House, que é usado por funcionários do Congresso. Outras centenas de pessoas se aglomeraram do lado de fora do prédio, onde bradaram contra o governo em hebraico e inglês.
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Os que estavam dentro do prédio usavam camisetas pretas com os dizeres “judeus dizem cessar-fogo agora” e “não em nosso nome”. Outros erguiam faixas onde se lia “Cessar-fogo”, enquanto entoavam canções sentados no chão.
“Alertamos os manifestantes para pararem de protestar e, quando eles não obedeceram, começamos a prendê-los”, disse a força policial do Capitólio.
Algumas pessoas foram vistas sendo contidas com algemas e levadas para vans da polícia. No meio do caos, uma organizadora do protesto no Capitólio usou um megafone para pedir “igualdade, justiça e liberdade”.
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“A única maneira de alcançar a verdadeira segurança é diminuir a escalada [do conflito] e abordar as causas profundas desta violência horrível”, disse a mulher.
O protesto ocorreu no mesmo dia em que o presidente Biden desembarcou em Israel para se encontrar com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e o seu gabinete de guerra. Durante a visita, o americano afirmou que Tel Aviv tinha o direito de se defender do ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.400 mortos.
Até o momento, os bombardeios retaliatórios deixaram pelo menos 3 mil mortos em Gaza.