EUA planejam aceitar até 100 mil refugiados que deixaram Ucrânia
De acordo com último balanço da ONU, número de pessoas que partiram da Ucrânia para outros países chegou a 3,67 milhões, após um mês de guerra
Os Estados Unidos planejam aceitar até 100.000 refugiados que fugiram da guerra da Ucrânia, disse uma autoridade que participa da tomada de decisões à rede CNN. A medida teria objetivo de aliviar a crise humanitária na Europa.
A Casa Branca irá permitir a entrada através de uma série de caminhos legais, incluindo o Programa de Admissão de Refugiados e vistos para imigrantes e não imigrantes. Haverá um foco maior no acolhimento de ucranianos que têm familiares nos EUA.
+ Fuga do inferno: o drama dos refugiados da guerra na Ucrânia
O anúncio da decisão deve ser feito durante a viagem à Europa do presidente americano, Joe Biden. Nesta quinta-feira, ele participa de cúpula extraordinária da Otan, a principal aliança militar ocidental, para analisar como o grupo irá responder à invasão da Rússia à Ucrânia.
Alguns líderes europeus, especialmente da Polônia, para onde Biden viaja na sexta-feira, já haviam pedido para os EUA aceleraram o processo de receber refugiados com famílias.
De acordo com o último balanço da Organização das Nações Unidas, publicado nesta quinta-feira, o número de pessoas que partiram da Ucrânia para outros países chegou a 3,67 milhões, após um mês de guerra.
A Polônia continua sendo o destino mais solicitado, já tendo recebido 2,17 milhões de pessoas, enquanto centenas de milhares foram para Romênia, Moldávia, Hungria, Rússia e Eslováquia. Em menor medida, também há aqueles que imigraram para Belarus.
Além disso, a Ucrânia registra 6,5 milhões de deslocados internos em decorrência do conflito. As Nações Unidos apontam ainda que, nos últimos 30 dias, 10 milhões de ucranianos tiveram que deixar suas casas, o que representa um quarto da população nacional.
Cerca de 90% dos refugiados são mulheres, crianças e idosos, segundo a Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, enquanto o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que mais da metade de toda a população infantil da Ucrânia teve que deixar os lares de maneira forçada por causa da invasão russa.