EUA matam líder do Estado Islâmico que planejou ataques na Europa
Khalid al-Jabouri, nome sênior da organização terrorista, foi morto em um território sírio não revelado, segundo Comando Central dos EUA
![A member of the Syrian Democratic Forces (SDF) (L) and US soldiers are pictured near an armoured military vehicles are pictured on the outskirts of Rumaylan in Syria's northeastern Hasakeh province, bordering Turkey, on March 27, 2023. (Photo by Delil souleiman / AFP)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/04/000_33C667P.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
O Comando Central dos Estados Unidos disse nesta terça-feira, 4, que um líder sênior do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), responsável por planejar atentados na Europa, foi morto em um ataque americano na Síria.
O ataque, realizado na segunda-feira 3, foi uma operação “unilateral” de Washington, informou o Comando Central pelo Twitter. Al-Jabouri era uma figura sênior do Estado Islâmico, que “foi responsável por planejar ataques do EI na Europa e desenvolveu a estrutura de liderança para o EI”, acrescentou.
Segundo os militares americanos, nenhum civil foi morto ou ferido no ataque.
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O Comando Central argumentou ainda que a morte de Khalid al-Jabouri interromperia temporariamente a capacidade do grupo terrorista de planejar ataques externos. No entanto, não entrou em detalhes sobre nenhum ataque ou ataque frustrado que ele teria planejado.
“[O EI] continua a representar uma ameaça para a região e além”, disse o general americano Michael Kurilla. “Embora degradado, o grupo continua capaz de conduzir operações na região com o desejo de atacar regiões para lá do Oriente Médio.”
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A coalizão multinacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo terrorista realizou uma série de ataques no norte da Síria nos últimos meses, visando membros seniores do EI e do Hurras al-Din (o ramo da al-Qaeda na Síria).
O EI já chegou a ocupar 88 mil quilômetros quadrados de território, que se estendia do oeste da Síria ao leste do Iraque, e impôs seu domínio brutal a quase oito milhões de pessoas. Ao longo dos anos, perdeu força e foi expulso de seu último pedaço de terra em 2019.
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As Nações Unidas alertaram no mês passado, contudo, que a ameaça do grupo e seus afiliados ainda é alta e aumenta principalmente em zonas de conflito e países vizinhos.
Estima-se que o EI tenha de 5 mil a 7 mil membros e apoiadores espalhados entre o Iraque e a Síria, cerca de metade dos quais são combatentes. Os combatentes se concentram em áreas rurais e continuam a realizar ataques rápidos, emboscadas e atentados com bombas nas estradas.