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EUA liberam envio de ajuda humanitária para a Coreia do Norte

Solicitações de grupos de ajuda humanitária estavam suspensas na ONU a pedido de Washington; negociador americano prepara encontra Trump-Kim para fevereiro

Por Da Redação
Atualizado em 1 fev 2019, 11h09 - Publicado em 1 fev 2019, 09h50
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  • Os Estados Unidos estão suspendendo o bloqueio à ajuda humanitária à Coreia do Norte na ONU, poucas semanas antes da segunda cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

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    A pedido de Washington, foram deixadas em suspenso várias solicitações de grupos de ajuda humanitária que pedem que sejam concedidas exceções às duras sanções impostas pela ONU contra a Coreia do Norte para o envio de alimentos e outros produtos ao país.

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    Em alguns casos, esses pedidos haviam sido ignorados durante um ano.

    No entanto, nas últimas semanas, Washington deu seu aval ao comitê de sanções da ONU para aprovar oito pedidos de itens como bombas solares, peças de encanamento, latas de leite, rodas de trator e cadeiras de rodas pediátricas.

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    Segundo diplomatas e grupos humanitários, a aprovação desses pedidos poderia aumentar o envio de ajuda humanitária para a Coreia do Norte, onde a ONU estima que 10,5 milhões de pessoas, cerca de 41% da população, estão desnutridas.

    A crise alimentar na Coreia do Norte, combinada com uma alta incidência de tuberculose, despertou o alarme entre grupos de ajuda, enquanto Washington espera que Pyongyang tome medidas para abandonar seu programa de armas nucleares.

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    Trump pretende realizar uma segunda cúpula com Kim em fevereiro, provavelmente no Vietnã, para chegar a um acordo sobre medidas concretas para a desnuclearização da península coreana.

    O primeiro encontro entre os dois líderes aconteceu em junho do ano passado, em Singapura. Pouco progresso foi alcançado pelas negociações desde então.

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    “Máxima pressão”

    Os grupos humanitários disseram que as restrições internacionais representam um duro golpe a seus projetos de ajuda ao tornar praticamente impossível a importação de material, além de dificultar as operações bancárias.

    As oito solicitações aprovadas em janeiro são para projetos de grupos de Suíça, Estados Unidos, Reino Unido, França, Canadá, a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).

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    Nesta quarta-feira 30, o comitê de sanções deu aval ao pedido da FICV para kits hospitalares, insumos médicos e filtros de água, entre outros. A organização obteve a aprovação para enviar 500 bicicletas da China para seus voluntários, que visitam remotas aldeias norte-coreanas.

    “A população da Coreia do Norte está passando por outro inverno rigoroso”, disse Ricard Blewitt, representante da FICV nas Nações Unidas.

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    Aumentar as entregas de medicamentos, itens de saúde e produtos para garantir o acesso à água limpa “são extremamente necessários para ajudar as pessoas muito vulneráveis”, disse ele.

    Os Estados Unidos, que insistem em manter “a máxima pressão” sobre a Coreia do Norte até que ela abandone completamente seu programa de armas nucleares, reservaram um tempo para avaliar detalhadamente cada pedido de ajuda.

    Washington expressou preocupação de que esses produtos possam ser desviados para líderes norte-coreanos e que possam ser usados para o programa de armas nucleares de Pyongyang.

    Arsenal militar

    Na terça-feira 29, o diretor de inteligência nacional dos Estados Unidos, Dan Coats, disse que a Coreia do Norte vai resistir à pressão porque seus líderes consideram as armas nucleares como “chaves para a sobrevivência do regime”, uma análise contrária à posição de Trump de que há uma “chance significativa” de que o Norte entregue seu arsenal nuclear.

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    O representante especial americano para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, entretanto, vislumbra um futuro otimista.

    “Eu imagino aquele momento perfeito em que a Coreia do Norte elimina sua última arma nuclear, as sanções são suspensas, a bandeira sobe na embaixada e o tratado é assinado, tudo de uma vez”, disse ele na Universidade de Stanford. “Esse é um ideal, eu sei, e essas coisas vão se mover de forma intermitente através de caminhos diferentes, mas elas também podem se reforçar mutuamente”, acrescentou.

    Preparando a cúpula entre Trump e Kim, o Departamento de Estado disse que Biegun irá para a Coreia do Sul no domingo e também se reunirá com representantes norte-coreanos.

    O negociador pediu que Pyongyang forneça uma descrição detalhada de suas armas antes de qualquer acordo.

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    “Antes do processo de desnuclearização ser finalizado, devemos ter uma compreensão completa da extensão total dos programas de armas de destruição em massa da Coreia do Norte por meio de uma declaração abrangente”, disse ele.

    “Precisamos chegar a um acordo sobre o acesso de especialistas e mecanismos de monitoramento de locais-chave nos padrões internacionais e, em última análise, garantir a eliminação ou destruição de reservas de material físsil, mísseis, lançadores e outras armas de destruição em massa”, acrescentou.

    (Com AFP)

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