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EUA e Seul dizem que Kim Jong-un ordenou a morte de seu irmão

A polícia da Malásia divulgou uma imagem de uma das duas mulheres suspeitas do assassinato. A suspeita é que elas usaram um potente veneno em Kim Jong-nam

Por Da redação
Atualizado em 15 fev 2017, 11h24 - Publicado em 15 fev 2017, 08h02

Duas mulheres são suspeitas de assassinar o meio-irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un na Malásia terça-feira, informou nesta quarta-feira o comitê de inteligência da Coréia do Sul. Uma delas foi detida pela polícia malaia após análise de imagens do circuito interno do aeroporto onde Kim Jong-nam foi assassinado. Ela e sua comparsa seriam espiãs norte-coreanos que agiram sob ordens do ditador para assassinar deu irmão Kim Jong-nam. Anteriormente, o governo dos Estados Unidos informou “acreditar firmemente” que agentes da Coreia do Norte assassinaram na Malásia o meio-irmão do ditador norte-coreano.

Os investigadores malaios estão aguardando os resultados de uma autópsia no corpo de Kim Jong-nam, que morreu logo após ser atacado no Aeroporto Internacional Malásia Kuala Lumpur. A polícia da Malásia divulgou uma imagem de uma das duas mulheres suspeitas do assassinato. A investigação trabalha com a hipótese de que elas usaram um potente veneno em Kim Jong-nam, que foi encontrado agonizando no banheiro do aeroporto, disse o presidente da Comissão de Inteligência da Assembleia Nacional da Coreia do Sul, Lee Cheol Woo.

O norte-coreano faleceu na segunda-feira enquanto era levado para um hospital de Putrajaya, capital administrativa da Malásia, após passar mal e antes de embarcar em um avião com destino a Macau. O primeiro-ministro sul-coreano e presidente interino, Hwang Kyo-ahn, classificou a morte de “brutal e desumana”, durante seu discurso em reunião de emergência convocada nesta terça pelo Executivo.

Meio-irmão — Kim Jong-nam, de 45 anos, foi considerado como o melhor posicionado para substituir a seu pai até cair em desgraça por uma série de desobediências e, desde então, acredita-se que residia principalmente entre Hong Kong, Macau e Pequim sem ocupar nenhum cargo oficial no regime norte-coreano.

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O primogênito do antigo ditador perdeu definitivamente a preferência do pai quando em 2001 foi detido em um aeroporto de Tóquio com um passaporte dominicano falso que pretendia usar para entrar no Japão e visitar o parque Disneylândia.
Fruto do casamento entre o ditador e a primeira esposa, a atriz Song Hye-rim, Kim Jong-nam atraiu a atenção nos últimos anos com suas críticas contra as políticas do regime norte-coreano e seu sistema de sucessão, expressadas através de sua correspondência com um jornalista japonês.

kim-jong-nam
Imagem do circuito interno do aeroporto mostra uma das suspeitas ()

(Com agências EFE, Reuters e France-Presse)

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