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EUA dizem que Coreia do Norte segue produzindo material nuclear

Apesar de aparente estagnação em negociações, Casa Branca garante que foram registrados avanços em prol da desnuclearização

Por Da Redação
Atualizado em 26 jul 2018, 00h12 - Publicado em 25 jul 2018, 21h42
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  • O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou nesta quarta-feira (25) que a Coreia do Norte continua produzindo materiais que podem ser usados para a fabricação de mísseis nucleares, apesar do diálogo com a Casa Branca sobre a desnuclearização da região.

    “Sim, é correto, eles continuam produzindo materiais de fissão”, disse Pompeo, que foi a uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado para responder perguntas dos senadores.

    O secretário também advertiu que os Estados Unidos não irão permitir que as negociações de desnuclearização com a Coreia do Norte “se eternizem sem resultados”.

    Na histórica cúpula do último dia 12 de junho, em Singapura, Donald Trump e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, assinaram uma declaração que abre o caminho para a desnuclearização em troca de que os americanos concedam garantias para a sobrevivência do regime de Pyongyang.

    No entanto, a declaração não especifica prazos ou como os objetivos serão alcançados.

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    Seis semanas depois e enquanto as negociações entre os dois países parecem estagnadas, Pompeo assegurou que foram registrados avanços e reafirmou o otimismo de seu governo.

    Os Estados Unidos reivindicaram recentemente à ONU uma “aplicação plena das sanções” contra a Coreia do Norte, algo que ilustra sua dificuldade em fazer avanços reais nas negociações.

    Na terça-feira, o site 38 North, dedicado exclusivamente a notícias e análises sobre a Coreia do Norte, reportou, tomando como base imagens de satélite, que o regime de Pyongyang tinha começado a desmontar infraestruturas na principal base de lançamento de satélites em Sohae, que também era usada para os testes balísticos.

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    No entanto, alguns especialistas mostraram ceticismo diante destas operações. “A menos que desmontem o local por completo, vai continuar sendo o principal lugar norte-coreano de lançamentos espaciais”, disse a pesquisadora Melissa Hanham, do Centro James Martin de Estudos de Não Proliferação de Monterey, Califórnia.

    Depois da cúpula de Singapura, Trump afirmou que a ameaça nuclear norte-coreana não existia mais. Porém, veículos da imprensa americana informam que, em caráter privado, o chefe da Casa Branca chegou a explodir diante da falta de avanços tangíveis no processo de desnuclearização. Em público, no entanto, mostrou-se otimista.

    (Com EFE e AFP)

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