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EUA impedem na ONU pedido de investigação independente por mortes em Gaza

Pelo menos 60 palestinos morreram e mais de 2 mil ficaram feridos no dia mais sangrento em quatro anos na região

Por Da redação
Atualizado em 15 Maio 2018, 10h01 - Publicado em 15 Maio 2018, 09h57

Os Estados Unidos bloquearam na segunda-feira (14) a adoção de um comunicado do Conselho de Segurança das Nações Unidas para pedir uma investigação independente sobre as mortes na Faixa de Gaza, informaram fontes diplomáticas à agência AFP.

No projeto de texto, que foi obtido pela AFP, “o Conselho de Segurança expressa sua indignação e sua tristeza diante da morte de civis palestinos que exercem seu direito a manifestar-se pacificamente”. O Conselho “pede uma investigação independente e transparente sobre essas ações para garantir que se prestem contas”, acrescenta.

“O Conselho de Segurança reafirma que toda decisão ou ação que pretenda modificar o caráter, o estatuto ou a composição demográfica da cidade santa de Jerusalém não tem nenhum efeito jurídico, é nula e não legítima e tem que ser anulada de acordo com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança”, acrescenta o texto.

Soldados israelenses mataram ao menos 60 palestinos, segundo o Ministério da Saúde da Palestina ,na fronteira com a Faixa de Gaza após distúrbios e manifestações contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, uma das promessas mais controversas do presidente Donald Trump.

De acordo com o ministério, dos 60 mortos, pelo menos oito eram menores de idade e um deles era um bebê de 8 meses que morreu asfixiado por gás lacrimogênio. Pelo menos 2.400 palestinos ficaram feridos, por tiros israelenses ou por inalar gás.

Este foi o dia mais violento do conflito israelense-palestino desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza.

Mais confrontos podem ocorrer nesta terça-feira durante a “marcha do retorno”, movimento que defende o retorno dos palestinos para as terras das quais fugiram ou foram expulsos com a criação de Israel em 1948. Os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ocupada recordam a “Nakba“, a “catástrofe”, como definem a criação do Estado de Israel e o êxodo de centenas de milhares de pessoas.

Novos protestos devem ocorrer na fronteira e as autoridades israelenses já mobilizaram milhares de soldados ao redor da Faixa de Gaza e da Cisjordânia pelo receio de novos distúrbios.

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Reação internacional

Israel recebeu críticas pelo uso excessivo de força na segunda-feira. Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU é esperada para ocorrer ainda nesta terça-feira, a pedido do Kuwait, para discutir a situação na região.

Nesta terça-feira, a China pediu moderação, “especialmente a Israel (…) para evitar uma escalada de tensão”.   As autoridades palestinas denunciaram um “massacre”. Turquia e África do Sul decidiram convocar para consultas seus embaixadores em Israel. Ancara acusou Israel de “terrorismo de Estado” e de “genocídio”, atribuindo parte da responsabilidade ao governo dos Estados Unidos. A França “condenou a violência das Forças Armadas israelenses contra os manifestantes” palestinos. A Anistia Internacional chegou a utilizar o termo “crime de guerra” para se referir às mortes.

(Com AFP)

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