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EUA anunciam tarifa de 100% sobre veículos elétricos vindos da China

Novo cerco atingirá US$ 18 bilhões (cerca de R$ 92 bilhões) em importações chinesas 'para proteger os trabalhadores e as empresas americanas'

Por Da Redação
14 Maio 2024, 15h13

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira, 14, uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos chineses para impedir “práticas econômicas desleais da China“. Baseado na Lei Comercial de 1974, o novo cerco atingirá US$ 18 bilhões (cerca de R$ 92 bilhões) em importações chinesas “para proteger os trabalhadores e as empresas americanas”, disse o comunicado da Casa Branca.

“As práticas comerciais injustas da China em matéria de transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação estão ameaçando as empresas e os trabalhadores americanos. A China também está inundando os mercados globais com exportações a preços reduzidos artificialmente”, explicou a nota.

O texto ressalta o aporte de US$ 860 bilhões (mais de R$ 4,4 trilhões) pelo governo Biden em “investimentos empresariais através de incentivos públicos inteligentes em indústrias do futuro, como veículos eléctricos, energia limpa e semicondutores”. A iniciativa bilionária teria finalidade de gerar empregos e estimular a competitividade.

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Sem ‘concorrência leal’

Segundo o informe, os Estados Unidos teriam a capacidade de superar qualquer adversário caso houvesse uma “concorrência leal”. Em seguida, acusa a China de aplicar “práticas injustas e não mercantis”, incluindo “transferências forçadas de tecnologia e o roubo de propriedade intelectual”, para controlar o mercado de insumos vitais. Isso criou “riscos inaceitáveis ​​para as cadeias de abastecimento da América e segurança econômica”, acrescentou o texto.

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Os impostos também miram baterias de lítio, minerais críticos, tecnologia de energia solar e semicondutores. O democrata argumentou que o aumento das taxas é proporcional à capacidade de produção de Pequim no mercado de veículos elétricos. A decisão foi apoiada pela Aliança pela Manufatura Americana, que alega que a proliferação de automóveis chineses causaria a “extinção” de fábricas nacionais.

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Trump x Biden

Além disso, o comunicado destacou os “investimentos históricos sob o presidente Biden para criar e manter empregos bem remunerados” e acusou a ala republicana no Congresso de propor medidas que arriscariam “perda de empregos e aumentariam custos em toda a linha de produção”.

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As tarifas sobre automóveis do governo do democrata, no entanto, são consideradas mais simbólicas do que transformadoras, uma vez que os carros elétricos chineses já haviam sido restringidos durante o mandato do ex-presidente americano, Donald Trump, que deve enfrentar Biden novamente nas eleições de novembro.

Em março, o candidato republicano renovou as ameaças contra a indústria de veículos elétricos da China e prometeu taxar todas as importações chinesas em 60%. A abordagem , contudo, foi alvo de críticas de especialistas por arriscar um aumento da inflação para os americanos, que já sofrem com alta de preços.

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