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Estupro coletivo de jovem leva indianas às ruas para pedir leis rigorosas

País é o mais perigoso do mundo para mulheres devido à violência sexual; deputada defende linchamento de agressores

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h59 - Publicado em 2 dez 2019, 19h09
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  • Protestos tomaram as ruas na Índia pelo terceiro dia, nesta segunda-feira, 2, para reforçar a indignação popular ao estupro e assassinato de uma jovem de 27 anos na cidade de Hyderabad. Entre as exigências das manifestantes estão a investigação rápida do caso e a adoção de leis mais rigorosas para proteger as mulheres no país.

    Também na segunda-feira, a deputada Jaya Bachchan disse que os homens que estupraram e assassinaram a veterinária deviam ser “linchados”. Segundo a emissora britânica BBC, Bachchan disse: “Sei que parece duro, mas esse tipo de pessoa deve ser trazido ao público e linchado”.

    Quatro homens todos com idades entre 20 e 26 anos, foram presos e colocados sob custódia judicial por 14 dias. Eles foram identificados como Mohammad Areef, Jollu Shiva, Jollu Naveen e Chintakunta Chennakeshavulu e acusados de esvaziar os pneus da scooter da vítima para isolá-la em uma via escura. Alega-se que ela – o nome é mantido sob sigilo pela Justiça – foi arrastada para uma área abandonada na beira da estrada, onde foi estuprada pelos quatro e asfixiada até a morte. Seu corpo incendiado, reportou o jornal britânico The Guardian.

    A vítima havia telefonado para sua irma para informá-la que pneu tinha furado. Seu corpo foi descoberto por um leiteiro na manhã da quinta-feira 28.

    No sábado 30, centenas de manifestantes se reuniram do lado de fora de uma delegacia de polícia nos arredores de Hyderabad para exigir justiça. Nesta segunda-feira, as manifestações se espalharam por cidades como Nova Délhi, Bangalore e Calcutá.

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    O caso provocou repulsa em toda a Índia e foi comparado ao estupro e assassinato brutal de uma estudante em um ônibus em Délhi, em 2012. Na época, o caso levou milhares de mulheres às ruas, que conquistaram uma mudança na lei que define crimes sexuais. Como resultado, foi duplicado para 20 anos o tempo de prisão de estupradores e criminalizado o voyeurismo, a perseguição e o tráfico de mulheres.

    A violência sexual contra mulheres continua generalizada na Índia. O país é o mais perigoso do mundo para ser mulher, de acordo com uma pesquisa de 2018 da Thomson Reuters Foundation.

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