Estocolmo: suspeito de atentado já era conhecido pela polícia
A princesa Victoria e o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, visitaram o local do atentado neste sábado
O homem suspeito de chocar um caminhão roubado de entrega de cervejas contra uma multidão no centro de Estocolmo, já havia aparecido de maneira marginal em materiais de inteligência, mas não havia sido relacionado a extremistas. O suspeito, natural do Uzbequistão, matou quatro pessoas e feriu quinze.
“Recebemos a inteligência no ano passado, mas não vimos nenhum vínculo com círculos extremistas”, disse o chefe da polícia de segurança Sapo Anders Thornberg.
Eliasson disse que há “claras semelhanças” com o ataque do mês passado em Londres, no qual seis pessoas morreram, incluindo o motorista que dirigiu um carro alugado contra pedestres em uma ponte.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque na Suécia, país que até agora havia ficado impune de quaisquer grandes incidentes do tipo, e a polícia afirmou ter reforçado a segurança no país.
Luto
Autoridades locais na capital, onde bandeiras foram hasteadas a meio mastro em edifícios incluindo o Parlamento e o Palácio Real, afirmaram que dez pessoas, incluindo uma criança, foram levadas para hospitais, com dois adultos recebendo cuidados intensivos.
Um buraco na parede da loja mostrou a força do impacto do caminhão, que foi removido durante a noite para exame de especialistas forenses, e dezenas de pessoas se juntaram para prestar homenagens e deixar flores, chocadas pelo ataque.
A Princesa Victoria estava entre eles, deixando um buquê de rosas vermelhas. “Eu sinto uma enorme tristeza, eu me sinto vazia”, disse ela à TV Aftonbladet, pedindo que os suecos se unam em seu luto.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, também visitou o local. “Todos nós sentimos raiva pelo que aconteceu, eu sinto a mesma raiva, mas nós também precisamos usar essa raiva para algo construtivo e seguir adiante”, disse ele.
“Nós queremos – eu estou convencido de que o povo sueco também quer – viver uma vida normal. Somos uma sociedade aberta, democrática, e é isso que continuaremos sendo”, afirmou.
(com Reuters)