Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Estados Unidos retiram as FARC da lista de terrorismo internacional

Medida ocorre cinco anos depois do acordo de paz feito entre o grupo e o governo colombiano

Por Matheus Deccache Atualizado em 30 nov 2021, 14h36 - Publicado em 30 nov 2021, 14h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os Estados Unidos retiraram nesta terça-feira, 30, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) da lista de organizações terroristas internacionais, permitindo que autoridades americanas possam trabalhar com membros do grupo enquanto eles continuam a sua transição para a vida política. 

    Publicidade

    A medida, anunciada pelo Departamento de Estado, ocorre mais de cinco anos após a assinatura de um acordo de paz com o governo da Colômbia. Em 2018, o grupo participou de um descomissionamento supervisionado pela ONU da última de suas armas acessíveis. 

    Publicidade

    Em comunicado nesta terça, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que a remoção da designação de “terrorista” tornaria mais fácil para o país apoiar a implementação do acordo. A mudança, no entanto, não anula nenhuma das acusações feitas pelos americanos contra ex-líderes das FARC, inclusive por narcotráfico. 

    Fundada em 1964, as Farc atuaram em uma era de violência política e devastadora no país sul-americano, realizando bombardeios, assassinatos e sequestros em nome da redistribuição de renda.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Em 1997, após mais de três décadas de confrontos com o governo local, os Estados Unidos designaram oficialmente as FARC como uma organização terrorista. 

    Já em 2017, perto de completar um ano do acordo de paz, ex-combatentes formaram o partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum. E em janeiro deste ano, o grupo mudou o nome para “Comunes” para se dissociar da imagem da guerrilha. 

    Publicidade

    Na prática, a remoção da lista permite a Washington apoiar programas envolvendo ex-combatentes, como a remoção de minas terrestres e a substituição de plantações ilegais.

    Continua após a publicidade

    Além disso, a mudança também faz com que agências americanas possam trabalhar em áreas onde os soldados desmobilizados das FARC estão localizados. 

    Publicidade

    Cerca de 13.000 guerrilheiros já entregaram suas armas desde a assinatura do pacto. No entanto, mais 5.000 membros se recusaram a participar do acordo e continuam a atuar em várias regiões da Colômbia. Os dois principais grupos dissidentes que se formaram a partir do original permanecem na lista de terrorismo internacional.

    De acordo com o instituto de pesquisa Indepaz, além deles existem mais 90 organizações armadas em toda a Colômbia, totalizando 10.000 membros ativos.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.