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EUA alertam cidadãos americanos a ‘não visitar’ partes do Brasil

Faixas de fronteira, favelas e cidades satélites do DF estão na lista; autoridades estão proibidas de tomar ônibus municipais em qualquer localidade do país

Por Caio Mattos Atualizado em 30 jul 2020, 19h31 - Publicado em 14 jan 2020, 19h28
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  • O governo dos Estados Unidos elevou o nível de alerta aos americanos em viagem a partes do Brasil nesta terça-feira, 14, por causa da violência do país. O Departamento de Estado publicou em seu portal na internet que os cidadãos “não devem visitar” favelas brasileiras e algumas cidades satélites de Brasília e evitar uma distância de menos de 150 quilômetros das fronteiras norte e sudoeste do Brasil – como as divisas com a Venezuela, Colômbia e Paraguai – por causa da alta criminalidade. Essas três áreas estão no nível 4 de alerta, o mais elevado e destinado a países como o Irã, o Iraque, a Síria, a Coreia do Norte e a Venezuela.

    As áreas de preocupação, conforme foi explicado, são as que “nenhum agente de turismo nem a polícia podem garantir a sua segurança”. Nas favelas, exemplificou, visitas devem ser evitadas especialmente durante confrontos entre facções rivais ou entre os criminosos e a polícia.

    O Departamento de Estado ainda alerta ao fato de que “enquanto algumas favelas podem ter delimitações ou portões de entrada claros, outras podem não ter demarcações tão óbvias”. No dia 30 de dezembro, um turista suíço foi baleado ao entrar na comunidade Cidade Alta, na Zona Norte do Rio de Janeiro, por indicação do GPS.

    Em relação ao Distrito Federal, o governo americano alerta seus cidadãos a não visitarem as cidades satélites de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá durante a noite –  especificamente, entre as 18h e as 6h.

    Os americanos também devem evitar as áreas a cerca de 150 quilômetros da fronteira brasileira com a Venezuela, a Colômbia, o Peru, a Bolívia, a Guiana, o Suriname, a Guiana Francesa e o Paraguai — equivalente a mais de 85% da fronteira terrestre do Brasil. O Parque Nacional do Iguaçu e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense são as únicas exceções. As autoridades do governo americano estão proibidas de visitar essas áreas.

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    ‘Maior cautela’

    O Brasil, como um todo, é considerado nível 2 de alerta de viagem – visite com “maior cautela” -, o mesmo grau da França e da Itália. O único fator de preocupação em se viajar em qualquer lugar do Brasil é a criminalidade. “Crime violento, como assassinato, roubo a mão armada, e roubo de carro são comuns em áreas urbanas, tanto pela manhã quanto pela noite. Atividade de gangues e crime organizado é difundido”, afirma o órgão.

    Para os seus funcionários públicos, as restrições são maiores até em locais considerados mais seguros. “Autoridades do governo americano são desencorajadas de usar ônibus municipais em qualquer lugar do Brasil devido ao elevado risco de roubo e assalto a qualquer hora do dia”, concluiu o Departamento de Estado.

    Dentre as 12 dicas a americanos que queiram visitar o país, o Departamento aconselha “evitar caminhadas pelas praias à noite” e “não mostrar sinais de riqueza”.

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    Como meio de atrair maior fluxo de turistas dos Estados Unidos, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro os liberou da obrigatoriedade do visto em março de 2019 sem exigir reciprocidade para os brasileiros em viagem àquele país. A medida fora anunciada na véspera de seu primeiro encontro com o presidente americano, Donald Trump, em Washington. No final do ano, Bolsonaro comemorou a queda de 22% nas mortes violentas no primeiro semestre. “Não há dúvidas que estamos no caminho certo”, tuitou.

     

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