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Estado Islâmico assume autoria de ataque com 54 mortos no Paquistão

Mais de mil pessoas participavam do comício do partido ultraconservador islâmico e pró-Talibã Jamiat Ulema-e-Islam

Por Da Redação
31 jul 2023, 15h08
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  • Pessoas carregam o caixão de uma vítima da explosão de uma bomba no distrito de Bajaur, na província de Khyber-Pakhtunkhwa, no Paquistão. 31/07/2023
    Pessoas carregam o caixão de uma vítima da explosão de uma bomba no distrito de Bajaur, na província de Khyber-Pakhtunkhwa, no Paquistão. 31/07/2023 (Abdul MAJEED/AFP)

    O Estado Islâmico reivindicou nesta segunda-feira, 31, a autoria de um ataque durante um comício político em Khyber Pakhtunkhwa, província situada na fronteira do Paquistão com o Afeganistão. Mais de 1.000 pessoas participavam do evento do partido ultraconservador islâmico e pró-Talibã Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F) quando a explosão de um homem bomba matou 54 pessoas, incluindo líderes de partidos regionais, no último domingo. 

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    “Um agressor suicida do Estado Islâmico detonou sua jaqueta explosiva no meio de uma multidão”, disse a agência de notícias Amaq, do Estado Islâmico, ao publicar uma foto do autor do ataque. 

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    Lotados pelo incidente, os hospitais locais não conseguiram atender as demandas de mais de 200 feridos, levando à transferência de parte deles para outras instituições de atendimento de diferentes províncias da região. Ainda no domingo, autoridades paquistanesas anunciaram que o grupo jihadista Estado Islâmico na província de Khorasan (ISKP), que atua no Afeganistão, era responsável pelo ataque, informação confirmada nesta segunda-feira.

    + Explosão de bomba em comício no Paquistão deixa pelo menos 40 mortos

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    Fundado em 2o15, o ISKP acusa o partido Jamiat Ulema-e-Islam de ferir os princípios islâmicos por se aproximar do governo paquistanês e por defender pautas do Talibã afegão, seus inimigos autodeclarados. Além do ataque no comício, o grupo terrorista também assassinou clérigos e diplomatas, bem como realizou atentados em escolas no Afeganistão. Em resposta ao episódio de domingo, o Talibã do Paquistão (TTP) defendeu que “tais crimes não podem ser justificados de forma alguma”.

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    Ao lamentar sua ausência no evento político, o senador e porta-voz da JUI-F, Hafiz Hamdullah, definiu o ataque como “terrorismo flagrante” e alertou para as falhas dos agentes de segurança locais e do governo. Ele disse, ainda, que o incidente não impediria o partido de seguir com os comícios e campanhas, que visam as eleições gerais paquistanesas, previstas para outubro.

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    Não é a primeira vez que a província de Khyber Pakhtunkhwa é palco de violência explícita. Nos últimos meses, militantes em maioria das forças do Talibã paquistanês, realizaram múltiplos ataques semanais no local, escalando a tensão com autoridades governamentais e militares. A instabilidade proporcionou, então, um terreno fértil para que o ISKP estabelecesse sua influência na região, como relatou o analista político Zahid Hussain ao jornal britânico The Guardian.

    “A crescente instabilidade e os ataques militantes fornecem uma janela para todas as organizações militantes, incluindo o ISKP, aumentarem seus ataques”, afirmou. “Esses ataques à polícia, comícios políticos e forças de segurança acabaram com a breve ilusão de paz no Paquistão”.

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