O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou nesta quarta-feira, 22, que seu governo pretende estender as medidas de isolamento social contra o novo coronavírus até meados de maio. O país registrou 435 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde local.
Ao todo, a Espanha tem 208.389 casos registrados da doença e 21.717 mortes. Nesta quarta, Sánchez participa de uma sessão no Parlamento que discute a prorrogação do estado de emergência até 9 de maio.
Durante as discussões, o premiê afirmou quer as medidas de confinamento serão relaxadas de forma gradual e lenta, como forma de prevenção, a partir desta data. O final do isolamento está previsto para meados de maio.
“Andaremos para frente e para trás, dependendo de como a pandemia evoluir”, disse Sánchez. A quarentena foi implantada no país em 14 de março.
A partir do próximo domingo 26, o governo permitirá, no entanto, que as crianças possam sair de casa para breves passeios, em sintonia com o que acontece em outros países europeus. Essa foi uma demanda que aumentou nos últimos dias entre os espanhóis.
Sánchez advertiu que “a desescalada será lenta e gradual, justamente porque deve ser segura”. A prorrogação do estado de emergência deve ser aprovada, já que o conservador Partido Popular, principal força da oposição, anunciou apoio à medida.
Na semana passada, o país já havia retomado atividades em setores considerados não essenciais da economia, principalmente na construção civil e indústria, apesar da continuidade do confinamento dos 47 milhões de espanhóis e da recomendação do governo para que as pessoas respeitem as medidas de distanciamento social.
Como parte do dispositivo de saída lenta das restrições à mobilidade, o Ministério da Saúde anunciou que está finalizando a realização de um estudo de soroprevalência. O estudo consistirá em organizar testes de 60.000 pessoas representativas ao longo de todo país, com o objetivo de “calcular o percentual da população espanhola que desenvolveu anticorpos ante o novo coronavírus”, afirmou o Ministério em um comunicado.
A informação obtida permitirá saber quantas pessoas estão imunizadas por sua exposição ao vírus e “será de enorme relevância para a tomada de decisões de saúde pública no conjunto do Estado”, destacou o Ministério, sem informar a data do início do estudo.
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Clique e AssineO terceiro país com mais mortes por coronavírus do mundo iniciou a semana com o anúncio de 399 mortes por coronavírus na segunda-feira 20. Pelo quarto dia consecutivo, o balanço permanece abaixo de 500 mortes em 24 horas.
Entre os casos positivos há um elevado número de profissionais da saúde, 33.153. O governo anunciou mais 3.400 pacientes curados, o que aumenta a quantidade de pessoas que receberam alta para quase 86.000 desde o início da epidemia.
(Com AFP)