Espanha e UE estudarão medidas contra resultado de eleições na Venezuela
Segundo governo espanhol, votação não respeitou “mínimos padrões democráticos”
O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou nesta segunda-feira, 21, que estudará medidas ao lado da União Europeia (UE) contra o resultado das eleições presidenciais na Venezuela, que não respeitaram “os mínimos padrões democráticos”.
“Espanha estudará junto a seus sócios europeus as medidas oportunas e seguirá trabalhando para aliviar o sofrimento dos venezuelanos”, escreveu Rajoy no Twitter.
Na votação de domingo, Nicolás Maduro conquistou sua reeleição até 2025 com 67,7% dos votos. A eleição, contudo, registrou uma taxa de abstenção histórica, de 52%, que beneficiou diretamente o chavista.
Os dois adversários de Maduro no pleito, o ex-governador Henri Falcón e o pastor evangélico Javier Bertucci, criticaram os resultados, denunciaram irregularidades e pediram novas eleições. Falcón recebeu 21,2% dos votos e Bertucci, 10,8%.
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que convocou a abstenção, também considerou a eleição uma “farsa” para perpetuar Maduro no poder.
Estados Unidos, Canadá, União Europeia (UE) e vários países da América Latina respaldaram a MUD, antecipando que não reconheceriam os resultados. Chile, Panamá e Costa Rica reafirmaram a posição nas últimas horas.
“A revolução chegou para ficar!”, disse Maduro, exultante depois de ter sido declarado vencedor, diante de milhares de seguidores que festejavam e dançavam perto do palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, cantando “Vamos, Nico”.
Embora não tenha dado detalhes, o presidente se comprometeu a resgatar uma economia que sofre com estagnação, hiperinflação e com escassez crônica de produtos, e que depara com grandes compromissos de dívida enquanto sua produção de petróleo despenca.