O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou nesta quarta-feira, 27, um pacote de ajuda no valor de 2,3 bilhões de euros (cerca de R$ 14,1 bilhões) para reconstruir as áreas da região de Valência atingidas pelas enchentes relâmpago que deixaram pelo menos 220 mortos no mês passado.
Com o novo pacote para “acelerar o retorno à normalidade e a recuperação das áreas atingidas”, o governo elevou a 16,6 bilhões de euros (cerca de R$ 101 bilhões) o valor de recursos disponibilizados para auxiliar as vítimas das enchentes.
Sanchez ainda defendeu que o Executivo “fez o que tinha que fazer” em relação ao desastre natural e criticou a administração regional de Valência, liderada por Carlos Mazon, do principal partido de oposição ao governo, o Partido Popular (PP), por pedir que habitantes locais permanecessem em casa após os alertas emitidos pelo serviço meteorológico estadual e por especialistas.
Chuvas relâmpago
A costa leste da Espanha, especialmente a região de Valência, foi devastada por enchentes provocadas por chuvas torrenciais no final de outubro. O episódio já é considerado o pior desastre natural do século XXI no país, deixando um rastro de destruição que mais se assemelha ao impacto de um furacão ou tsunami.
A tempestade fez regiões inteiras de Valência ficarem submersas. Carros foram arrastados, ruas ficaram cobertas por lama e detritos, pessoas tiveram de se proteger da força da água em árvores e outras acabaram arrastadas. Os dados preliminares divulgados pelo governo espanhol disseram que a perda econômica causada pelas enchentes ultrapassou os 10 bilhões de euros (mais de R$ 61 bilhões), o que representa desafios significativos para os esforços de reconstrução em andamento.