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Embaixador dos EUA morre em ataque a consulado na Líbia

Atentado, confirmado por Barack Obama, deixou outros 3 americanos mortos. Filme considerado por muçulmanos ofensivo ao Islã teria motivado episódio

Por Da Redação
12 set 2012, 07h53
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  • O embaixador americano na Líbia, J. Christopher Stevens, morreu no ataque que um grupo de homens armados lançou na noite de terça-feira contra o consulado dos Estados Unidos em Bengasi, em protesto pelo lançamento de um filme que muçulmanos consideram ofensivo ao Islã. A informação, que já havia sido noticiada pelo vice-ministro de Interior para o Oriente da Líbia, Wanis al-Sharif, foi confirmada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que considerou o episódio “ultrajante”.

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    Outros três funcionários americanos da embaixada foram mortos – dois deles membros da segurança que tentaram controlar a situação e foram baleados. Em nota oficial, Obama disse ter dado instruções para proteger os cidadãos americanos na Líbia. Enquanto isso, de acordo com o jornal Corriere della Sera, imagens do embaixador ferido, logo após o ataque, começaram a circular pela internet.

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    Al Sharf afirmou que os corpos das vítimas e os funcionários da missão diplomática estão sendo transferidos para Trípoli. Segundo declarações do responsável da Alta Comissão de Segurança em Bengasi, Fawzi Wanis, ao canal de televisão catariano Al Jazeera, o embaixador morreu por asfixia, como consequência do incêndio que atingiu o edifício.

    O filme – O ataque contra o consulado, no bairro residencial de Al Fuihat, teria sido motivado por um filme de baixo orçamento produzido pelo americano de origem israelense Sam Bacile. De acordo com o site do The Wall Street Journal, o filme Innocence of Muslims (A Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre do inglês) foi traduzido para o árabe e um trailer foi postado recentemente no Youtube. Bacile, que está escondido para evitar retaliação, disse, em entrevista ao site do jornal americano, que o “Islã é um câncer” e que sua obra é política e não religiosa. Ele contou, ainda, ter arrecadado US$ 5 milhões junto a 100 doadores judeus para produzir o filme.

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    Segundo o New York Times, o filme ganhou súbita projeção internacional depois que o pastor Terry Jones, que lidera uma pequena igreja com tendências anti-islâmicas em Gainesville, na Flórida, passou a divulgá-lo – especialmente neste 11 de setembro, proclamado por Jones como o “Dia Internacional do Julgamento de Maomé”. Em comunicado nesta terça-feira, o pastor afirmou que o filme não ataca os muçulmanos, “mas mostra a ideologia destrutiva do Islã”. No ano passado, Jones queimou exemplares do Corão em sua igreja. Em uma espécie de julgamento, o livro sagrado dos muçulmanos é considerado pelo pastor “culpado” de várias acusações, entre elas assassinato.

    O diplomata americano J. Christopher Stevens
    O diplomata americano J. Christopher Stevens (VEJA)

    Repercussão – Nesta madrugada, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou energicamente o ataque. Em comunicado, afirmou que os EUA estão ” de coração partido com esta perda terrível”. Em relação ao filme apontado como ofensivo ao Islã, a secretária de Estado disse que lamenta qualquer tentativa de denegrir outras crenças religiosas. “Mas deixe-me ser clara: não há nenhuma justificativa para atos de violência deste tipo”, informou, na nota.

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    (Com agências EFE e Reuters)

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