Em vídeo, Casa Branca compara Maduro a Stalin e a Muammar Kaddafi
Governo dos EUA usa imagens em sua campanha em favor da renúncia do venezuelano, mas ainda não descarta intervenção militar
A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira, 7, um vídeo em espanhol no qual compara o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a líderes autoritários como o soviético Josef Stalin, o italiano Benito Mussolini, o iraquiano Saddam Hussein, o líbio Muammar Kaddafi, o aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini e o ugandense Idi Amin Dada.
Produzido pelo Departamento de Estado e publicado na conta do Twitter em espanhol da sede presidencial americana, o vídeo mostra as imagens desses líderes, todos já falecidos, sem identificá-los. Mas afirma que Maduro “é um mestre em violar a Constituição venezuelana”.
“Suas táticas são copiadas diretamente dos inumeráveis líderes autoritários anteriores a ele”, afirma uma legenda no vídeo.
Por trás dessa mensagem, aparecem primeiro as imagens de Stalin, Mussolini e Hussein, seguidas pelas de Amin, Khomeini e Kaddafi. As fotografias dos três primeiros voltam a aparecer no final do vídeo, após serem enumerados os supostos abusos cometidos por Maduro.
“Já vimos isto antes”, afirma. “Maduro deve sair”, conclui o vídeo.
O governo americano não explicou por que escolheu esses ditadores e líderes especificamente, e também não esclareceu a comparação entre Maduro e Amin, conhecido como “o açougueiro de Kampala” e a quem são atribuídas até 500.000 mortes durante seu mandato entre 1971 e 1979.
A publicação do material claramente faz parte de uma campanha do governo americano em favor da destituição do líder venezuelano, Nicolás Maduro. Os Estados Unidos impuseram várias sanções contra integrantes do regime, inclusive a Maduro e a sua mulher, Cília, e também contra a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA). Washington não descartou até o momento a possibilidade de intervenção militar.
O vídeo começa com imagens do discurso sobre o Estado da União do presidente americano, Donald Trump, na terça-feira 5, quando se referiu ao seu reconhecimento do chefe do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela.
“Condenamos a brutalidade do regime de Maduro, cujas políticas socialistas fizeram com que essa nação deixasse de ser a mais rica da América do Sul para ficar em um estado de pobreza extrema e desespero”, declarou Trump no seu discurso.
O vídeo também faz as supostas violações da Constituição cometidas por Maduro desde 2013 e conclui com uma denúncia de que, agora, o presidente venezuelano “está convocando novas eleições legislativas, mais uma vez ignorando a Constituição e a voz do povo”.