Após o início de uma trégua de quatro dias nos combates entre Israel e o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza às 6 horas da manhã desta sexta-feira, 24, os israelenses aguardam ansiosos a libertação de treze reféns, todos mulheres e crianças, pelo Hamas.
A entrega dos reféns está prevista para as 16h do horário local, 11h do Brasil.
Também nesta sexta, Israel soltará em troca 39 palestinos presos sob acusação de terrorismo.
Intermediado por Catar, Egito e Estados Unidos, o acordo prevê a libertação de um total de cinquenta sequestrados pelo Hamas, enquanto Israel deverá liberar 150 palestinos no total.
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Esse acerto prevê ainda a extensão da trégua a cada novo grupo de dez reféns libertados.
Em Tel Aviv, centro econômico do país, ativistas e familiares dos reféns se reuniram desde as primeiras horas de sexta em frente ao Museu de Arte, no centro da cidade, para aguardar o início da liberação.
Avital Kirsht e Nahum Kirsht, pais de Rimon, 36, que foi levada junto com o marido, Yagev, 34, seguem em compasso de espera enquanto o Hamas e Israel negociam. Por enquanto, não há qualquer informação sobre o casal.
“Quando minha filha Rimon voltar do cativeiro, ela ficará feliz ao ver que cuidamos dos bichos que tanto ama. Ela é voluntária numa fazenda que cuida de animais resgatados a adorava participar de uma banda formada pelos moradores do Kibutz Nirim, onde vive com o marido, Yagev. Quando voltarem vamos comemorar com um grande jantar”, diz.
Líder do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh disse nesta sexta em uma gravação que o grupo está comprometido com a trégua e o acordo de troca de reféns, desde que Israel cumpra sua parte.
Os comentários foram feitos depois de foguetes terem sido disparados em Gaza contra Israel depois do acordo de cessar-fogo.
Os comentários de Haniyeh acontecem ainda depois de um porta-voz do braço armado do Hamas ter apelado à escalada do confronto com Israel “em todas as frentes de resistência”.
Protestos pedem renúncia de Netanyahu
Em Jerusalém, membros de famílias que perderam membros nos ataques de 7 de outubro ou que têm parentes mantidos em cativeiro se reuniram em frente ao Knesset, o Parlamento de Israel.
O grupo exige a renúncia e a punição do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
“Estamos acampados em frente ao Knesset há dezesseis dias. Este governo está colocando todos nós em risco para proteger suas carreiras”, diz Yaakov Godo, ativista que perdeu um filho no massacre.