Em Singapura, permissão para comprar carros passa a custar R$ 546 mil
Valor recorde, reflexo do pós-pandemia, alça país ao posto de lugar mais caro do mundo para obtenção de veículos
A Singapura informou nesta quarta-feira, 4, que passará a cobrar US$ 106 mil (cerca de R$ 546 mil) para a obtenção do Certificado de Titularidade (COE), necessário para a compra de carros no país. O valor recorde equivale ao preço de quatro Camry Hybrids, modelo da fabricante americana Toyota, na cotação dos Estados Unidos.
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Incluindo o COE, taxas de registro e impostos, um novo Toyota Camry Hybrid padrão custa atualmente US$ 183 mil (R$ 942 mil) em Singapura, quase dez vezes mais que nos Estados Unidos. Um pequeno apartamento subsidiado pelo governo na cidade-Estado, por sua vez, custa cerca de U$ 91 mil (R$ 469 mil).
Implementado em 1990, o documento é válido por 10 anos e é responsável por controlar o número de carros em Singapura, que conta com 5,9 milhões de habitantes e investe os tributos sobre automóveis em uma vasta rede de transporte público. A pequena cidade-Estado asiática, de 728,6 km² de extensão, pode ser cruzada em menos de uma hora pelos motoristas.
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O COE é obtido através de licitações que, por sua vez, variam de preço. Para carros grandes, o custo foi quadruplicado nos últimos três anos, na marca dos exatos US$ 106.376,68 (mais de R$ 586 mil). As quantias exorbitantes alçaram a Singapura ao posto de país mais caro do mundo para a compra de veículos.
Em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o preço dos COE caiu para cerca de US$ 21,88 mil (R$112,5 mil). Mas a retomada econômica nos anos seguintes incentivou a compra de automóveis, aumentando os valores.