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Em sessão da ONU esvaziada por boicote, Netanyahu justifica guerra e manda recado ao Irã

Primeiro-ministro afirmou que Israel trava uma batalha pela vida contra "inimigos selvagens" que querem a aniquilação do país

Por Da Redação
27 set 2024, 11h58
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    Benjamin Netanyahu em discurso na Assembleia Geral da ONU. 27/09/2024 (STEPHANIE KEITH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images)

    Em uma sessão esvaziada por representantes em gesto de boicote, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta sexta-feira, 27, que Israel trava uma batalha pela vida contra “inimigos selvagens” que querem a aniquilação do país, citando também a possibilidade de retaliação contra qualquer ataque lançado pelo Irã contra território israelense.

    “Milícias do Irã na Síria e no Iraque bombardearam Israel dezenas de vezes no último ano. Abastecidos pelo Irã, terroristas palestinos fizeram vários ataques lá e por Israel. Pela primeira vez, o Irã atacou diretamente Israel a partir do seu próprio território, disparando 300 drones e mísseis contra nós”, disse. “Tenho uma mensagem para os tiranos em Teerã: Se vocês nos atacarem, nós vamos atacar vocês. Não há um lugar no Irã que Israel não possa atingir”. 

    Durante sua fala, Netanyahu reconheceu que, inicialmente, não pretendia participar da Assembleia Geral, já que seu país está “lutando pela sua vida”.

    “Mas após ouvir as mentiras e calúnias levantadas por muitos dos porta-vozes neste púlpito, eu decidi vir aqui e esclarecer as coisas. Israel busca a paz”, disse, elogiando soldados de Israel pelo papel na guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas por “coragem incrível e sacrifício heroico”. Confrontos já deixaram mais de 41.945 mortos e outros 96.006 feridos o enclave.

    Ao longo da fala, Netanyahu usou dois mapas que mostravam as expressões “benção” e “maldição”. A benção mostrava uma integração entre Israel, Egito, Arábia Saudita e outros países da região. A maldição, por sua vez, destacava Irã, Iraque e Síria.

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    “Se você pensa que este mapa é uma maldição apenas para Israel, você deveria pensar de novo. A ameaça do Irã, se não observada, vai colocar em risco cada um dos países do Oriente Médio e vários países ao redor do mundo”, disse.

    Netanyahu citou ainda a nova ofensiva israelense no Líbano, mandando uma mensagem direta ao povo libanês.

    Disse ao povo do Líbano: não estamos em guerra com vocês, estamos em guerra com o Hezbollah”, que, segundo ele, teria “sequestrado o Líbano”. 

    A fala de Netanyahu se dá um dia depois de negar uma proposta de cessar-fogo com a milícia libanesa Hezbollah negociada por Estados Unidos, França e um grupo de países. O plano rejeitado inicialmente por Israel pedia uma suspensão imediata nas hostilidades por 21 dias, para que uma solução diplomática fosse alcançada antes que o conflito se transforme em uma guerra mais ampla.

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    Nesta sexta-feira, no entanto, o premiê israelense afirmou que irá discutir o assunto “nos próximos dias”.

    O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, havia expressado esperança sobre uma possível trégua no Líbano, onde centenas de milhares de pessoas já fugiram de suas casas no sul do país. Líderes mundiais, por sua vez, se preocupam que o conflito paralelo à guerra em Gaza está aumentando rapidamente. Mas os comentários do chanceler fecharam as portas de um acordo rápido.

    Israel lançou os ataques aéreos mais intensos ​​contra o Líbano desde a guerra de 2006, contra o Hezbollah, na semana passada, matando mais de 600 pessoas. Foi o estopim de meses de trocas de disparos, desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro do ano passado, quando a milícia libanesa iniciou ataques em solidariedade ao povo palestino.

    Desde a semana passada, Hezbollah disparou centenas de mísseis contra alvos israelenses, incluindo, pela primeira vez, Tel Aviv. O sistema de defesa aérea de Israel, porém, interceptou a maioria dos foguetes.

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    Na quarta-feira, depois de convocar mais duas brigadas de reservistas à fronteira com o Líbano, o chefe do exército de Israel afirmou que os militares se preparavam para uma possível invasão terrestre ao país vizinho.

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