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Em revés para Maduro, oposição vence eleição em berço de Chávez

Disputa foi realizada após Justiça anular pleito de novembro passado, quando resultados já indicavam vitória da oposição

Por Da Redação Atualizado em 10 jan 2022, 10h50 - Publicado em 10 jan 2022, 10h45

Em um duro golpe ao presidente Nicolás maduro e seu governo, a oposição da Venezuela se consagrou vitoriosa nas eleições pelo governo do estado de Barinas no último domingo, 9. O pleito, visto como uma oportunidade de fortalecer o fragmentado movimento da oposição antes da eleição presidencial de 2024, representa a primeira vez em 22 anos em que o eleito não é uma figura ligada ao ex-líder Hugo Chávez, natural da região.

A disputa de domingo foi realizada após a Justiça, alinhada ao chavismo, anular o pleito feito em novembro passado, quando os resultados já indicavam uma vitória da oposição.

O escolhido para comandar o estado de Barinas foi Sergio Garrido, da Mesa Democrática Unida (MUD), partido de oposição apoiado pelos Estados Unidos.

Com 97,4% das urnas apuradas, Garrido tinha 55,3% dos votos, seguido pelo chavista Jorge Arreaza, com 41,27%, declarou o Conselho Nacional Eleitoral na noite de domingo. Em terceiro lugar ficou o deputado opositor Claudio Fermín, com 1,77% dos votos, e a participação foi de 52,35%.

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Arreaza, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e chanceler do país, reconheceu a derrota. 

“A informação que recebemos de nossas estruturas do PSUV indicam que, ainda que tenhamos aumentado nossos votos, não conseguimos alcançar o objetivo. Agradeço de coração à nossa militância heroica. Seguiremos protegendo o povo barinês em todos os espaços”, escreveu em publicação no Twitter. 

Embora a eleição de novembro tenha, em geral, consolidado o chavismo ao conquistar 20 das 23 regiões do país, o pleito em Barinas foi marcado pela anulação do resultado original e pela presença em massa da oposição. As eleições regionais e municipais de 21 de novembro foram as primeiras em quatro anos que contaram com ampla participação da oposição, que não reconhecia Maduro como presidente desde 2018 e boicotou as eleições passadas por suposta falta de garantias.

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Segundo decisão Tribunal Supremo de Justiça, o candidato opositor Freddy Superlano, que estava à frente na apuração, não poderia concorrer por acusações de corrupção.

Em comunicado publicado pelo TSJ, que também ordenou a repetição das eleições, “as projecções registadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deram uma porcentagem de votos a favor de Freddy Superlano, de 37,60% em comparação com os 37,21% dos votos obtidos pelo candidato (pró-governo) Argenis Chávez”.

A crise política, econômica e social na Venezuela chegou ao extremo durante a pandemia, provocando a imigração de milhares de venezuelanos. De acordo com a Organização das Nações Unidas, a Venezuela é o país do mundo que mais perdeu população nos últimos cinco anos.

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Em meio à escassez de combustível e uma duradoura crise econômica, agravada ainda mais pela pandemia de Covid-19, três em cada quatro venezuelanos vivem em situação de extrema pobreza, de acordo com um relatório apresentado em setembro do ano passado. Segundo a Pesquisa Nacional de Condições de Vida 2021, coordenada pela Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), 94,5% da população venezuelana são pobres e 76,6% estão abaixo da linha da extrema pobreza, vivendo com menos de 1,2 dólar por dia.

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