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Em recado à Rússia, Biden e Scholz ameaçam interromper gasoduto

Líderes alertam que irão tomar medida caso a Rússia invada a Ucrânia

Por Da Redação Atualizado em 7 fev 2022, 20h29 - Publicado em 7 fev 2022, 20h24
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  • O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participaram de um encontro na Casa Branca nesta segunda-feira (7).

    O tema principal da conversa foi o aumento das tensões entre Rússia e Ucrânia, assim como possíveis maneiras de punir o presidente russo, Vladimir Putin, caso ele decida invadir a Ucrânia.

    “Se a Rússia fizer a escolha de invadir ainda mais a Ucrânia, estamos prontos em conjunto […] e toda a Otan está pronta”, disse Biden, ao lado de Olaf Scholz.

    Este foi o primeiro encontro dos líderes desde que Olaf assumiu o poder, em dezembro do ano passado. O compromisso foi planejado para fortalecer publicamente um elo importante na aliança ocidental, enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reúne mais de 100.000 soldados perto das fronteiras da Ucrânia.

    Os assessores de Biden informaram que uma das maiores preocupações da reunião foi a relutância de Scholz em assinar sanções econômicas punitivas no caso de uma invasão, ou cancelar o gasoduto Nord Stream 2, que levará gás russo para a Alemanha quando finalizado.

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    Biden, entretanto, não fez críticas ao chanceler alemão. Ele disse que os alemães apoiavam um “pacote forte” de sanções, mas não deu detalhes.

    Nas últimas semanas, Biden ameaçou sanções econômicas severas contra o setor financeiro da Rússia e membros do círculo íntimo de Putin. No Nord Stream 2, Biden falou que o projeto não vai adiante caso a Rússia invadisse a Ucrânia.

    “Se a Rússia invadir isso significa que tanques e tropas cruzam a fronteira da Ucrânia novamente, então não haverá mais um Nord Stream 2. Vamos acabar com isso”, afirmou Biden.

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    O Nord Stream 2, um duto de gás natural de 11 bilhões dólares, que está sendo construído entre a Alemanha e a Rússia, e foi atacado por Biden como uma ferramenta coercitiva contra a Ucrânia e outros aliados.

    O chanceler alemão, entretanto, não confirmou se concordaria em encerrar o projeto do gasoduto, mas no encontro da segunda-feira disse repetidamente que “estavam absolutamente unidos”.

    A Alemanha se recusou a vender armamento ou munição à Ucrânia, citando uma política de longa data de não contribuir para conflitos em andamento. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que pretende levantar a questão com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

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    Na semana passada, a relação entre Washington e Berlim se estremeceu a ponto de o embaixador alemão nos Estados Unidos enviar um aviso de que muitos no país veem a Alemanha como um “parceiro não confiável”.

    Biden negou. “Não há necessidade de reconquistar a confiança. Ele tem a total confiança dos Estados Unidos”, disse.

    Na próxima semana, Scholz visitará Kiev e Moscou, após uma visita a França.

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