Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Em meio à escalada militar, Ucrânia sofre ataque cibernético

Sites do Ministério das Relações Exteriores e várias outras agências governamentais foram hackeadas

Por Nathalie Hanna Atualizado em 14 jan 2022, 12h02 - Publicado em 14 jan 2022, 11h56
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Sites do governo da Ucrânia sofreram um ataque cibernético na manhã desta sexta-feira (14).

    Publicidade

    Eles receberam um texto, em tom de ameaça, alertando para que os ucranianos tenham medo e esperem pelo pior. Os criminosos afirmaram ainda que as informações pessoais dos ucranianos foram hackeadas.

    Publicidade

    “Ucraniano! Todos os seus dados pessoais foram enviados para a rede pública. Todos os dados no computador foram destruídos, é impossível restaurá-los”, dizia a mensagem, publicada em ucraniano, russo e polonês

    “Todas as informações sobre você se tornaram públicas, tenham medo e espere o pior. Isso é para você, para o seu passado, presente e futuro”, afirma trecho da mensagem.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Uma declaração do Ministério da Cultura e Política de Informação da Ucrânia sugeriu que o texto mencionava grupos e regiões ucranianas como uma maneira de ocultar a origem russa dos hackers.

    “Como resultado de um ataque cibernético maciço, os sites do Ministério das Relações Exteriores e várias outras agências governamentais estão temporariamente fora do ar”, disse Oleg Nikolenko, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em sua conta oficial no Twitter.

    Publicidade

    “Nossos especialistas já começaram a restaurar o funcionamento dos sistemas de TI e a polícia cibernética abriu uma investigação”, acrescentou.

    Continua após a publicidade

    Nikolenko disse que é muito cedo para tirar conclusões sobre quem está por trás do ataque, mas disse que há um longo registro de ataques cibernéticos russos contra a Ucrânia no passado.

    Publicidade

    O ataque fez com que a sexta-feira fosse movimentada para diplomacia ucraniana. O problema chegou a envolver até a Otan, a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e conversas bilaterais entre Rússia e Estados Unidos. 

    “De acordo com uma investigação do Centro de Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação, os primeiros dados sugerem que o ataque foi realizado pela Federação Russa”, afirmou o Ministério da Informação da Ucrânia em comunicado.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    “Esta não é a primeira vez ou mesmo a segunda vez que os recursos da Internet ucraniana são atacados desde o início da agressão militar russa”, completou.

    Segundo o serviço de segurança da Ucrânia, a maioria dos recursos estatais afetados já foi restaurada e os dados pessoais não foram violados.

    “É óbvio que isso foi feito de propósito para lançar uma sombra sobre o ataque de hackers à Polônia: a Rússia e seus representantes estão trabalhando há muito tempo para criar a briga entre dois países vizinhos amigos”, acrescentou o Ministério.

    Continua após a publicidade

    O diplomata-chefe da União Europeia, Josep Borrell, condenou o ataque cibernético e disse que é difícil saber quem está por trás da invasão. “Temos que dizer que isso merece uma grande condenação”, ressaltou Borrel. “Vamos mobilizar todos os nossos recursos para ajudar a Ucrânia a enfrentar esse ataque cibernético. Infelizmente, sabíamos que isso poderia acontecer”, destacou.  

    Separadamente, o Ministério da Defesa da Ucrânia alegou em um comunicado que os serviços especiais russos estão preparando provocações contra militares das Forças Armadas Russas para acusar a Ucrânia.

    “As unidades militares do país agressor e seus satélites recebem ordens para se preparar para tais provocações”, dizia o comunicado. 

    Continua após a publicidade

    Rússia e as pressões diplomáticas

    Nesta semana, os EUA e a Rússia se encontraram e tiveram uma conversa de alto risco destinada a evitar uma guerra. Enquanto isso, a Rússia continua a reunir tropas perto das fronteiras da Ucrânia em meio a uma disputa sobre as atividades da Otan na Europa Oriental e a perspectiva de que a Ucrânia possa se juntar à aliança militar.

    Em anos, nunca se viu uma tensão tão grande entre a Ucrânia e a Rússia. Os militares russos estão a todo o vapor estimulando temores de que Moscou possa lançar uma invasão nas próximas semanas ou meses.

    Segundo os líderes ucranianos, a Rússia está tentando desestabilizar o país antes de qualquer invasão militar planejada. As potências ocidentais alertaram repetidamente os russos contra novos movimentos agressivos.

    Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse em uma coletiva de imprensa que, embora as propostas de Moscou visassem reduzir o confronto militar, diminuir a situação geral na Europa está sendo o oposto do que está acontecendo no Ocidente.

    “Nós absolutamente não aceitamos o aparecimento da Aliança do Atlântico Norte em nossas fronteiras, especialmente levando em consideração o curso seguido pela liderança ucraniana – tanto pela antiga quanto pela atual. Estas são realmente as linhas vermelhas e eles sabem isto”, disse Lavrov.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.