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Em meio a apagões, Cuba paralisa ‘todas atividades que não sejam essenciais’

Primeiro-ministro Manuel Marrero afirmou que 'escassez de combustível é o maior fator' para quedas de energia e que governo foi forçado a 'paralisar a economia'

Por Paula Freitas Atualizado em 18 out 2024, 14h12 - Publicado em 18 out 2024, 14h10
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  • Uma caixa elétrica emaranhada no saguão de um prédio de apartamentos, no centro de Havana, em Cuba.
    Uma caixa elétrica emaranhada no saguão de um prédio de apartamentos, no centro de Havana, em Cuba.  (Giles Clarke/Getty Images)

    O governo de Cuba anunciou nesta quinta-feira, 17, uma pausa em “todas as atividades de trabalho do Estado que não sejam essenciais” em razão da crise energética que provocou apagões prolongados a milhões de pessoas ao redor do país. Parte dos cubanos ficaram 12 horas sem energia elétrica. Fora da capital, Havana, a falta de fornecimento é ainda mais grande, com relatos de quedas de luz que se estendem por mais de 18 horas.

    Em coletiva, o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, afirmou que a “escassez de combustível é o maior fator” para as quedas de energia e que, por isso, o governo foi forçado a “paralisar a economia”, embora tenha destacado que Cuba “ainda não está em um abismo sem fundo”.

    No escuro, escolas e universidades fecharam as portas nesta sexta-feira. Atividades recreativas e culturais também foram interrompidas, de acordo com autoridades da União Nacional de Eletricidade de Cuba (UNE). No X, antigo Twitter, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, atribuiu a rodada de problemas às sanções impostas pelos Estados Unidos.

    “O cenário complexo que atravessamos tem como causa principal a intensificação da guerra econômica e da perseguição financeira e energética dos Estados Unidos, o que dificulta a importação de combustíveis e outros recursos necessários àquela indústria”, escreveu Díaz-Canel.

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    O que levou ao caos?

    O país depende do petróleo subsidiado da Venezuela, que também está mergulhada numa crise econômica. Como consequência, Caracas reduziu o fornecimento para a ilha para uma média de 32.600 barris por dia nos primeiros nove meses deste ano, número que esteve na casa de 60 mil no mesmo período de 2023, mostram dados da empresa estatal venezuelana PDVSA.

    Aliados, como China, Rússia e México, não foram capaz de suprir o rombo e mandar ajuda suficiente, segundo a emissora árabe Al Jazeera. A PDVSA, que enfrenta problemas nas infraestruturas de refino, reduziu a exportação de combustíveis numa tentativa falha de evitar a escassez ao redor do país.

    Ao mesmo tempo, as duas maiores usinas de energia cubanas, Antonio Guiteras e Felton, não produzem o suficiente. Numa espécie de gota d’água, o furacão Milton dificultou o envio de combustíveis de barcos para as usinas de energia na semana passada.

     

     

     

     

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