Em encontro com Zelensky, Trump promete encerrar guerra na Ucrânia caso vença eleição
Ex-presidente americano elogiou líder ucraniano, mas disse que também tem um 'relacionamento muito bom' com Vladimir Putin
O ex-presidente americano Donald Trump se reuniu com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta sexta-feira, 27, na Trump Tower, em Nova York.
Na primeira reunião entre os políticos desde 2019, Trump disse que está na hora da guerra na Ucrânia ser resolvida. Ele afirmou que tem um “relacionamento muito bom” com Zelensky, mas que também tem um “relacionamento muito bom” com o presidente russo, Vladimir Putin, o que fará com que consiga resolver o conflito “rapidamente” caso vença a corrida à Casa Branca.
Zelensky disse a Trump que acredita que eles têm uma “visão comum de que a guerra deve ser interrompida e Putin não pode vencer”, acrescentando que discutiria com o ex-presidente americano detalhes de seu “plano de vitória”.
O presidente ucraniano está nos Estados Unidos desde o último domingo, 22, para participar de sessões na assembleia geral das Nações Unidas e pedir mais apoio de seus aliados ocidentais na luta contra as tropas russas.
Relacionamento conturbado
O encontro entre a dupla parecia algo improvável após o candidato republicano criticar repetidamente o presidente ucraniano durante sua campanha eleitoral, chamando-o de “maior vendedor da Terra”. Zelensky, por sua vez, disse recentemente à revista New Yorker que acredita que Trump “realmente não sabe como parar a guerra”.
O relacionamento conturbado entre Trump e Zelensky remonta a 2019, quando o então presidente dos EUA decidiu reter a ajuda militar destinada à Ucrânia para pressionar o presidente ucraniano a investigar a família Biden. A estratégia culminou no primeiro impeachment de Trump, acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso.
Durante o encontro, Trump elogiou a maneira como Zelensky lidou com a situação há cinco anos: “Ele poderia ter se feito de bonitão e jogado fofo, mas ele não fez isso”, disse ele. “Ele era como um pedaço de aço, ele disse que o presidente Trump não fez nada de errado.”
Alvo dos republicanos
A reunião entre Zelensky e Trump ocorre um dia depois do líder ucraniano se encontrar com o presidente americano Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris em Washington para apresentar seu “plano de vitória” para pôr um fim na guerra contra a Rússia, iniciada em fevereiro de 2022.
No início desta semana, Trump sugeriu que Zelensky era culpado por prolongar a guerra. “Continuamos a dar bilhões de dólares a um homem que se recusa a fazer um acordo”, disse ele durante um evento de campanha em Mint Hill. O candidato republicano também responsabilizou Biden e Harris pelo conflito, alegando que eles “permitiram que isso acontecesse, alimentando Zelensky com dinheiro e munições como nenhum país jamais viu antes”.
Uma possível vitória de Trump nas eleições presidenciais de novembro provavelmente indicaria uma mudança significativa na política dos EUA em relação ao conflito na Ucrânia. Enquanto Biden e Harris tentam reforçar seu apoio a Zelensky, tendo fornecido mais de US$ 56,2 bilhões em assistência militar à Ucrânia desde o início da guerra, Trump e seu vice J.D. Vance, demonstram ceticismo em relação à assistência militar ao país.
VEJA Mercado - quinta, 21 de novembro
Uma reforma da Previdência será urgente em breve, diz Jeferson Bittencourt
O passado criminoso de um dos maiores campeões da música pop dos anos 80
As dívidas do homem que explodiu bombas na frente do STF
Banco rebaixa classificação do Brasil e aumenta aposta na Argentina
A data mais esperada pelos fãs de novelas entediados com ‘Mania de Você’
Sharon Stone sem maquiagem, Jennifer Lawrence grávida, Fernanda Torres de Dior… o red carpet pré-Oscar
ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA