Uma caravana com 150 centro-americanos alcançou Tijuana, cidade mexicana na fronteira com os Estados Unidos, no final de semana para ingressar no país e pedir asilo. A iniciativa, que faz parte da Via Crucis Migrante, confronta a política do governo de Donald Trump contrária à imigração .
A Via Crúcis Migrante acontece desde 2010 para dar visibilidade ao dramático percurso dos centro-americanos, que fogem da violência e da falta de perspectivas em seus países, e se dispõem a cruzar o México para chegar aos Estados Unidos.
Sua mais recente campanha começou em 25 de março, com mais de mil pessoas, sobretudo de Honduras e El Salvador, embarcadas em ônibus. Algumas delas desistiram e retornaram, outras permaneceram no México, e muitas seguiram a viagem. Até o último final de semana, algumas haviam conseguido escalar o muro já existente na fronteira e ingressar ilegalmente nos Estados Unidos, informou o chefe de patrulha da Agência de Controle e Proteção de Fronteira.
À rede de televisão americana CNN, a salvadorenha Isabel Rodríguez, afirmou estar grata por ter chegado a Tijuana, mas confessou-se preocupada com a etapa final de sua jornada. Ela viaja na caravana com seus dois netos, Anderson, de 7 anos, e Cristofer, de 11. “Ouvi dizer que estão separando as pessoas que não são os pais das crianças. Ainda assim, estou pronta a ir até a fronteira”, disse ela.
O presidente americano aproveitou o episódio para novamente pressionou as autoridades mexicanas em favor da construção do muro na fronteira e insistiu na renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).
O México, porém, rejeitou as pressões e se limitou a dar aos migrantes permissões de trânsito de até um mês para se decidirem se solicitariam refúgio no país, retornam a seus próprios países ou seguem para os Estados Unidos.
(Com AFP)