Em uma disputa histórica, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 6. Foi um resultado marcado por ineditismos: trata-se do primeiro líder americano a retornar à Casa Branca em mais de 130 anos, o político mais velho ao alcançar o cargo (aos 78 anos) e o primeiro presidente a ser considerado culpado por um crime. Mas, como de praxe, ele terá de esperar para assumir o posto.
É preciso que cada um dos 50 estados e a capital, Washington, D.C., oficialize os resultados das urnas. O processo democrático americano é dividido em dois: contagem e confirmação, e essa segunda parte pode se estender por semanas. De qualquer forma, a vitória dos Colégios Eleitorais de todas as unidades federativas será confirmada em reuniões em 17 de dezembro. Depois, o Congresso dos EUA entra em sessão em 6 de janeiro para contar os votos do delegados, que compõem os Colégios Eleitorais, e atestar o triunfo do novo presidente.
O atual mandatário, Joe Biden, permanecerá no poder até 20 de janeiro, quando acontecerá a tradicional cerimônia de posse no Capitólio, sede do legislativo americano que foi palco da invasão trumpista, em 6 de janeiro de 2021, durante a confirmação da vitória de Biden. Até lá, a chapa republicana conduzirá o período de transição, quando serão apontados os novos ministros e será organizada a transferência de um governo para o outro.
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Nesse meio-tempo, a equipe de Trump estabelecerá quais serão as prioridades políticas do mandato e começará a receber informações confidenciais de segurança nacional sobre ameaças e operações militares em andamento. Ele e seu vice, o senador J.D. Vance, também passarão a ser obrigatoriamente escoltados pelo serviço secreto dos EUA.
Há ainda uma diferença conceitual. Biden segue com o título de “presidente”, enquanto Trump passa a ser considerado “presidente eleito”. É a mesma coisa para Kamala Harris, que saiu derrotada do pleito, e Vance — “vice-presidente” e “vice-presidente eleito”, respectivamente.