Junto a outros líderes mundiais, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se manifestou neste domingo, 30, sobre a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial brasileira.
“Parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva por ser eleito o próximo presidente do Brasil após um processo eleitoral livre, justo e confiável. Espero trabalhar juntos para continuar a cooperação entre nossos países nos próximos meses e anos”, escreveu o democrata em nota à imprensa.
Em publicação nas redes sociais, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, também parabenizou o “povo brasileiro por exercer seu direito de voto e reafirmar a força de sua democracia”.
“Esperamos dar continuidade à nossa forte parceria com o presidente eleito, Lula, enquanto construímos um hemisfério mais democrático, próspero e equitativo”, escreveu.
Congratulations to the Brazilian people for exercising their right to vote and reaffirming the strength of their democracy. We look forward to continuing our strong partnership with President-Elect @LulaOficial as we build a democratic, prosperous, and equitable hemisphere.
— Secretary Antony Blinken (@SecBlinken) October 31, 2022
Em setembro, o governo americano havia pedido ao Brasil que realizasse um pleito “livre e justo”, alertando contra a violência política e afirmando que acompanharia a votação de “perto”.
À imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, citou “relatos recentes de violência no Brasil e, embora o direito ao protesto seja fundamental em qualquer democracia, condenam qualquer violência e exortam os brasileiros a fazerem ouvir suas vozes de forma pacífica”.
Ao longo de todo o ano, Washington já vinha demonstrando a confiança no sistema eleitoral brasileiro, inclusive chegando a dizer que ele era uma referência para o mundo, em um movimento que remetia ao temor de uma possível tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro, a exemplo do que fez o ex-presidente americano Donald Trump em 2021, quando seus apoiadores invadiram o Capitólio em 6 de janeiro para tentar impedir a certificação da vitória de Joe Biden.
Pouco antes da fala da porta-voz, um grupo de parlamentares do Partido Democrata enviou uma carta ao presidente americano pedindo para que ele deixasse claro a Bolsonaro que o Brasil ficaria isolado se houvesse uma tentativa de “subverter o processo eleitoral”.
“Tais esforços contra a democracia e o sistema eleitoral terão sérias consequências, incluindo uma revisão do status do Brasil como um parceiro global da Otan e como um importante aliado extra-Otan”, diz a carta, que foi assinada por 31 deputados e oito senadores.