EI reivindica ataque com faca que matou 2 pessoas na França
Vítimas eram irmã e mãe do terrorista, segundo a imprensa local; agressor já era fichado por apologia ao terrorismo
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque com faca nesta quinta-feira (23) na cidade francesa de Trappes, perto de Paris, no qual duas pessoas morreram.
As vítimas eram a irmã e a mãe do terrorista, segundo a imprensa local. A motivação para o ataque ainda não foi confirmada pela polícia.
O terrorista foi morto pelos agentes depois que saiu de uma casa onde estava escondido. Sua identidade ainda não foi divulgada.
Segundo um comunicado publicado pela agência de notícias Amaq, vinculada ao EI, o ataque foi realizado por um “combatente” do grupo terrorista em resposta ao “apelo de fazer atentados contra cidadãos (de países) da coalizão”. A autenticidade da nota não pôde ser verificada.
Fontes da polícia, citadas pela emissora France Info, explicaram que o agressor apunhalou as vítimas que passavam pela rua pouco antes das 9h (horário local, 4h em Brasília) e depois se refugiou em uma casa. Pouco depois, o homem saiu do imóvel gritando “Alá é grande” e recebeu vários tiros dos agentes.
De acordo com o canal BFMTV, o terrorista nasceu em 1982 e era fichado pelos serviços secretos por apologia ao terrorismo.
O EI divulgou ontem a primeira mensagem em quase um ano de seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, que em um áudio de quase uma hora fez um apelo a seus seguidores para continuarem com a luta contra o inimigo.
A França vive em estado de alerta ante a ameaça extremista desde uma onda de atentados sem precedentes em sua história em 2015. Este ano foi alvo de dois ataques que deixaram cinco mortos.
Trappes é um subúrbio parisiense pobre, localizado a 30 quilômetros da capital francesa. Grande parte de seus 30.000 habitantes têm origem estrangeira e o índice de desemprego na área é duas vezes maior que a média nacional.
Também é conhecida por ser uma das localidades de onde mais jovens (quase 50) saíram para combater ao lado do grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
(Com EFE)