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Egito propõe ‘trégua relâmpago’ em Gaza para libertação de reféns

Presidente egípcio apresenta plano para pausa de dois dias nos combates entre Israel e Hamas para trocar reféns por palestinos em prisões israelenses

Por Da Redação 28 out 2024, 09h29

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, anunciou na noite de domingo 28 uma proposta para um cessar-fogo curto na Faixa de Gaza, de apenas dois dias, inicialmente, para realizar uma troca de quatro reféns israelenses sob poder do grupo terrorista Hamas por alguns palestinos presos em Israel. O plano veio à tona em paralelo à retomada de negociações no Catar para uma trégua, com a participação dos diretores da CIA e da agência de inteligência israelense Mossad.

Durante uma entrevista coletiva no Cairo, ao lado do presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, Sisi acrescentou que, após a implementação da “trégua relâmpago”, negociações deveriam ser retomadas dentro de 10 dias para chegar a um cessar-fogo permanente.

Nem Israel, nem Hamas comentaram a proposta do líder egípcio. Segundo a agência de notícias Reuters, porém, uma autoridade palestina próxima às negociações afirmou “esperar” que o grupo esteja aberto a novas possibilidades, embora mantenha a exigência de que qualquer acordo deve incluir o fim da guerra em Gaza e a retirada total das forças israelenses do enclave.

Tel Aviv, por sua vez, mantém que o conflito não pode acabar até que o Hamas seja completamente eliminado, tanto como força militar quanto política.

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Os Estados Unidos, o Catar e o Egito se tornaram os principais mediadores das negociações para chegar a um fim diplomático da guerra, que eclodiu depois que combatentes do Hamas invadiram comunidades do sul israelense em 7 de outubro do ano passado, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns.

Desde então, a retaliação de Israel, com ataques aéreos e terrestres matou mais de 42 mil pessoas, segundo autoridades de saúde de Gaza. Além disso, mais de 90% da população, que antes da guerra era de 2,3 milhões, foi deslocada pelos combates. Nesta segunda-feira 28, as Nações Unidas afirmaram em comunicado que a situação dos civis no norte do enclave era “insuportável”, com níveis angustiantes de morte, ferimentos e destruição, e que os envolvidos no conflito têm “pouca consideração pelas exigências do direito humanitário internacional”.

O objetivo das negociações de cessar-fogo, que estão presas em um impasse após várias tentativas de mediação, é fazer com que Israel e o Hamas concordem em interromper as batalhas por menos de um mês, na esperança de que isso leve a uma trégua mais permanente. A Reuters reportou no domingo que as negociações em Doha estão focadas em uma resolução de curto prazo, com a libertação de alguns reféns em troca de palestinos presos em Israel.

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