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Egito: islâmicos e laicos se manifestam antes do referendo

Mohamed Mursi espera encerrar violenta crise política que já dura semanas com o referendo sobre a nova Constituição, a ser realizado nos próximos 2 sábados

Por Da Redação
14 dez 2012, 11h57
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  • Agitando bandeiras, seguidores do presidente egípcio, Mohamed Mursi, realizaram nesta sexta-feira seu último comício antes do decisivo referendo dos próximos dois sábados sobre uma nova Constituição, com a qual o mandatário espera encerrar uma violenta crise política que já dura semanas.

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    Pelo menos oito pessoas morreram e centenas ficaram feridas em confrontos no Cairo e em outras cidades em consequência do decreto presidencial pelo qual Mursi se concedeu amplos poderes provisórios, sob o argumento de acelerar a transição do país para a democracia.

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    A oposição alerta que a violência pode prosseguir nos próximos sábados, quando os egípcios vão às urnas aprovar ou rejeitar uma Constituição escrita por uma assembleia dominada por políticos islâmicos. Os opositores laicos e liberais dizem que o projeto levado a votação não reflete as aspirações dos 83 milhões de egípcios e restringe os direitos de minorias, inclusive os cristãos, que compõem 10% da população.

    O referendo será realizado em dois sábados porque não há juízes suficientes para monitorar todas as seções eleitorais. A aprovação da nova Carta é uma pré-condição para a realização de novas eleições gerais no começo de 2013 – fato que muitos esperam propiciar estabilidade para o mais populoso país árabe.

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    Campanhas – Fazendo campanha pelo “sim” no referendo, grupos islâmicos que haviam sido cruciais na eleição de Mursi, em junho, se reuniram em uma mesquita próxima ao palácio presidencial, no Cairo. A maioria dos participantes do comício era formada por homens barbados – alguns trouxeram seus filhos e suas mulheres, cobertas por véus. “Vim dizer ‘sim’ à legitimidade do presidente Mursi e à lei islâmica da sharia”, disse o clérigo Mohamed Murad, 37 anos.

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    Ativistas da oposição também começaram a se concentrar para um protesto contra a nova Constituição em frente à sede da Presidência. O líder oposicionista Mohamed El-Baradei, ganhador do Nobel da Paz, pediu a Mursi que cancele o referendo “antes que seja tarde demais”. Inicialmente, a oposição decidiu boicotar o referendo, mas depois recuou e passou a fazer campanha pelo “não” – desde que haja garantias de lisura na votação.

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    Expectativas – Há grande expectativa de que a nova Constituição seja aprovada, já que a Irmandade Muçulmana, grupo mais bem organizado do país, venceu todas as votações realizadas no país desde a rebelião popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak, no começo de 2011. Muitos egípcios, cansados das turbulências dos últimos meses, também podem votar a favor, simplesmente na esperança de que as coisas se acalmem.

    A votação do sábado se restringirá ao Cairo e outras grandes cidades. Os resultados oficiais só serão anunciados após o sábado seguinte, mas é provável que após o primeiro dia já surjam indicações sobre as tendências. O Exército se mobilizou para garantir a ordem, com cerca de 120.000 soldados e 6.000 tanques e blindados.

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    (Com agência Reuters)

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