Manifestações acontecem há 10 dias, desde reeleição de Evo Morales, que convocou trabalhadores para atos públicos em La Paz
Por Da Redação
Atualizado em 31 out 2019, 18h53 - Publicado em 31 out 2019, 18h42
Duas pessoas morreram durante os confrontos entre opositores e apoiadores do presidente da Bolívia, Evo Morales, durante a madrugada desta quinta-feira, 31, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, segundo as autoridades.
A violência política no país ocorre desde as eleições em 20 de outubro, na qual Morales foi declarado vencedor em meio a acusações de fraude. Desde então, protestos tomaram as ruas do país e a violência durante essas demonstrações populares começou a aumentar. Estas foram as primeiras mortes confirmadas em 10 dias de protestos.
Segundo as autoridades médicas de Santa Cruz, as duas pessoas foram alvos de tiros durante a madrugada.
O clima de desconfiança na Bolívia parece não se amenizar mesmo após o governo boliviano ter entrado em acordo com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para uma auditoria na apuração dos votos. O acordo tem caráter vinculante, mas o opositor de Morales, Carlos Mesa, disse não reconhecer o tratado por considera-lo “unilateral”.
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Denúncia de “golpe”
Morales, de 60 anos e no poder desde 2006, disse nesta quarta-feira a seus seguidores na área rural de Cochabamba que não houve fraude e que não tem nada a esconder”.
O chefe de Estado disse que os protestos fazem parte de um “golpe de Estado”, incentivado por Mesa. “Se dizem ‘fora Evo’, é golpe de Estado”, destacou.
Mesa, de 66 anos, rejeitou estas acusações e desafiou na segunda-feira o governo em uma manifestação maciça em um bairro sofisticado de La Paz: “aqui estou, ou vou para a prisão ou vou para a Presidência”.
Morales convocou grupos de mineiros e agrícolas pró-governo das regiões andinas – sua principal base eleitoral – a irem a La Paz para defender o que chamou de “processo de mudança”.
Estes grupos disseram ter a intenção de cercar a cidade, sede dos poderes Executivo e Legislativo, embora até o momento tenham se limitado a caminhar pelas ruas do centro, detonando artefatos e gritando palavras de apoio ao presidente.
(Com AFP)
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