Autoridades da Ucrânia afirmaram nesta quarta-feira, 30, que nove pessoas ficaram feridas e vários prédios foram incendiados em Kiev devido a um enxame de drones da Rússia, no 19º ataque à capital do país no mês de outubro.
A Força Aérea ucraniana disse que destruiu 33 dos 62 drones lançados por Moscou contra a cidade e outras regiões durante a madrugada de quarta-feira.
Os destroços de um dos drones abatidos atingiram um prédio residencial no distrito de Solomianskyi, no oeste de Kiev, deixando ao menos nove pessoas feridas, incluindo uma menina de 11 anos. O prefeito, Vitali Klitschko, afirmou que todas as vítimas receberam tratamento médico no local do ataque, e que 19 moradores foram retirados do edifício para sua segurança.
“Após um ataque com drones, um incêndio foi registrado no segundo e terceiro andares de um prédio de nove andares no distrito de Solomianski”, relataram as equipes de resgate ucranianas em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram, acrescentando que as chamas se espalharam por uma “superfície de 40 metros quadrados”.
Kiev na mira
O ataque desta quarta-feira se soma à uma onda de ofensivas russas com drones, quase diárias, contra capital ucraniana neste mês, enquanto as forças militares do país sofrem com escassez de soldados e avanços do inimigo na linha de frente do leste.
+ Ucrânia anuncia campanha de mobilização para recrutar 160 mil soldados
Pelo menos seis pessoas ficaram feridas em Kiev na terça-feira após serem atingidas por destroços de um drone russo abatido pelos sistemas de defesa ucranianos, que também incendiaram um prédio residencial e veículos.
A situação é agravada por relatos de que soldados da Coreia do Norte foram enviados para treinamento na Rússia. Na terça-feira, os Estados Unidos afirmaram que um “número pequeno” de militares norte-coreanas foi enviado para Kursk e que mais alguns milhares estão à caminho da Rússia.
Na semana passada, o presidente russo, Vladimir Putin, não negou que os soldados norte-coreanas haviam chegado à Rússia. Ele também alegou que cabe apenas ao seu país decidir ou não usar militares da nação aliada na guerra na Ucrânia.