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Drones da Ucrânia afundaram navio de guerra da Rússia na Crimeia, diz Kiev

Imagens da inteligência ucraniana mostram série de ataques contra embarcação de Moscou, provocando uma explosão e consequente naufrágio

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 17h34 - Publicado em 2 fev 2024, 11h37

Ataques ucranianos com drones afundaram o navio de guerra da Rússia Ivanovets na costa da Criméia, península anexada pelo Kremlin em 2014, sugerem imagens divulgadas nesta quinta-feira, 1, pela Inteligência de Defesa da Ucrânia. No vídeo publicado no X, antigo Twitter, é possível identificar uma série de ataques de drones marítimos contra a embarcação de Moscou, provocando uma explosão e o consequente naufrágio. A informação foi confirmada por blogueiros militares russos.

“Como resultado de uma série de impactos diretos no casco, a corveta foi danificada, rolou para a popa e afundou. O valor do navio é de aproximadamente US$ 60 milhões a US$ 70 milhões [cerca de R$ 300 milhões a R$ 450 milhões]”, afirmou o Ministério da Defesa da Ucrânia em comunicado.

https://x.com/DI_Ukraine/status/1753036969976709227?s=20

Com 40 tripulantes, o Ivanovets é um pequeno navio de guerra equipado com mísseis e circulava no Lago Donuzlav, o mais fundo da Crimeia. Embora ainda não esteja claro se a investida deixou vítimas, acredita-se que os militares russos não conseguiram escapar devido à rapidez dos drones, que acredita-se serem não tripulados e de longo alcance. Até o momento, o Kremlin não comentou o episódio.

“Durante a noite, o inimigo afundou o Ivanovets, um grande barco com mísseis”, escreveu a blogueira militar russa Anastasia Kashevarova no Telegram.

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Operações de Kiev

O sucesso da empreitada demonstra o avanço dos ucranianos no Mar Negro por meio da utilização de potentes drones marítimos, criados pela Ucrânia e inspirados em jetskis. Kiev realizou diversos ataques utilizando os dispositivos inéditos, com foco em navios, bases e portos militares. No ano passado, o secretário da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, informou que a Rússia tinha perdido até 20% da sua frota do Mar Negro apenas nos primeiros quatro meses de 2023.

Em 2022, Kiev também realizou um impressionante ataque contra o Moskva, maior navio de guerra de Moscou, na costa da Ucrânia. O incidente forçou os militares russos a mudarem suas operações na região uma vitória simbólica para o governo de Volodymyr Zelensky, frustrado com os lentos avanços da fracassada contraofensiva iniciada na primavera.

Segundo o jornal britânico The Guardian, a investida desta quinta-feira forçou a maior parte da frota russa a bater em retirada da sua principal base na Crimeia para a cidade russa de Novorossiysk. A Ucrânia, por sua vez, teria conseguido retomar as exportações de cereais a partir do porto de Odesa e de outros da área.

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Troca de cadeiras na Ucrânia

Em meio a constantes desentendimentos, o principal comandante militar da Ucrânia, Valerii Zaluzhnyi, foi demitido por Zelensky na semana passada, revelou a emissora americana CNN. Em artigo ao veículo, o primeiro desde a suposta exoneração, ele apontou que Moscou ainda desfruta de uma “vantagem significativa” pelo robusta artilharia e número de soldados.

Ele, no entanto, contrapôs que Kiev soube desenvolver “novas capacidades”, especialmente em “sistemas de armas não tripuladas”. Zaluzhnyi também indicou que a nova tecnologia reduziu as baixas no campo de batalha e tornou o exército menos dependente de “material pesado”, como veículos blindados.

“Eles estão proliferando a um ritmo vertiginoso e o âmbito das suas aplicações cresce cada vez mais”, escreveu Zaluzhnyi. “Crucialmente, são estes sistemas não tripulados – como os drones – juntamente com outros tipos de armas avançadas, que proporcionam a melhor maneira para a Ucrânia evitar ser arrastada para uma guerra posicional, onde não possuímos vantagem.”

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